2a onda de covid pode colapsar hospitais europeus
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Hans se aposentou como médico em Genebra há dois anos. Comprou uma casa nas redondezas da cidade e passou a se dedicar ao seu jardim, a levar seu cão para passear e a planejar uma viagem ao exterior por ano com sua esposa. Do segundo andar de seu chalé, a vista permite um panorama privilegiado do Lago Leman.
Mas quando, no últimos domingo, ele viu uma mensagem do principal hospital da rica cidade de Genebra apelando para que médicos e enfermeiros aposentados voltassem ao trabalho, não pensou duas vezes e decidiu que irá retornar ao posto.
O apelo era para que voluntários e médicos já aposentados retornassem ao trabalho diante do aumento rápido de novos casos da covid-19.
Nos últimos dias, cidades como Genebra, Milão, Paris e tantas outras registraram saltos expressivos no número de novos casos, com um total de testes positivos em apenas sete dias já superando a marca do pico da doença em março e abril. Em alguns dias da semana passada, a Suíça registrou 6 mil novos casos, um número seis vezes maior que o momento mais dramático da pandemia na primavera do hemisfério Norte.
Para a OMS, não existem mais dúvidas: a Europa voltou a ser um dos epicentros da crise. Dos 445 mil casos confirmados em 24 horas pela agência na segunda-feira, metade estava na Europa. “Os próximos meses vão ser muito difíceis e alguns países estão em um caminho perigoso”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Redação com Uol