Após desmontar Lava Jato, Bolsonaro diz que combate corrupção

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Marcos Corrrea/PR

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 8, que a escolha de ministros “não por apadrinhamento, mas por competência” é uma das colaborações de seu governo no combate à corrupção. Sem citar o nome do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, Bolsonaro afirmou que o atual ocupante do cargo, André Mendonça, é “muito, mas muito melhor que outro que nos deixou há pouco tempo”.

Na quarta-feira, Bolsonaro afirmou que acabou com a Operação Lava Jato, porque, segundo ele, “não há mais corrupção no governo”. A declaração foi uma resposta às críticas de lavajatistas por ter se aproximado de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que se posicionam contrários à operação tocada por Moro.

O ex-ministro rebateu pelo Twitter. “As tentativas de acabar com a Lava Jato representam a volta da corrupção. É o triunfo da velha política e dos esquemas que destroem o Brasil e fragilizam a economia e a democracia. Esse filme é conhecido”, escreveu Moro. O ex-juiz da Lava Jato deixou o governo em abril, acusando o presidente de tentar interferir na Polícia Federal. Um inquérito foi aberto no Supremo.

 

Bolsonaro participou nesta quinta-feira de solenidade de encerramento dos cursos de formação de policiais federais. Segundo o presidente, sua eleição em 2018 ao cargo que ocupa é fruto, entre outros fatores, do trabalho da Polícia Federal. Ele destacou que, além da atuação do órgão durante o atentado que sofreu em Juiz de Fora (MG), “o outro efeito do trabalho de vocês (na minha vida) foi – e ainda é hoje em dia – no combate à corrupção”. “Isso fez com que muita gente olhasse para um candidato diferente e eu acabei sendo eleito”, afirmou.

Estadão