Aras nega denúncia internacional de submissão a Bolsonaro

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 Foto: Dida Sampaio / Estadão

O procurador-geral da República, Augusto Aras, reagiu aos relatórios divulgados esta semana pela Transparência Internacional. Nas publicações, a organização apontou ‘retrocessos’ no combate à corrupção no País e demonstrou preocupação com a perda de autonomia dos órgãos de investigação e controle, incluindo o Ministério Público Federal (MPF).

O relatório ‘Brazil: Setbacks in the Legal and Institutional Frameworks (2020 Update)‘, por exemplo, lembra que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rompeu com a tradição de escolher como dirigente do MPF um nome indicado na lista tríplice votada pelos membros da instituição.

“O estudo ainda destaca a perda de independência da Procuradoria-Geral da República e as ameaças de desmantelamento de forças-tarefas responsáveis por casos de grande relevância envolvendo réus poderosos, como já ocorreu com a força-tarefa Greenfield e as renúncias coletivas dos procuradores da força-tarefa Lava Jato em São Paulo e do grupo de trabalho da Lava Jato em Brasília”, afirma a Transparência Internacional.

Em nota divulgada nesta quinta-feira, 15, Aras acusou os relatórios de parcialidade. “Pinçam episódios e os interpretam de forma distorcida com o objetivo de consolidar narrativa que não reflete a realidade”, diz a manifestação.

O texto afirma ainda que os números de denúncias apresentadas na atual gestão ‘provam aumento da atuação no combate à corrupção’. Nos últimos 12 meses, a PGR ofereceu 26 denúncias contra 92 pessoas e abriu 121 novas frentes de investigação. “Conclusão oposta a essa somente é possível a partir de “levantamentos” parciais”, completa a PGR.

Estadão