Atacando vacina, Bolsonaro cria incidente com a China
Foto: Reprodução/Planalto
No quadro Liberdade de Opinião desta quarta-feira (21), Sidney Rezende falou sobre a resposta que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu nas redes sociais a apoiadores que criticaram o anúncio de que o governo federal compraria a Coronavac — vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, em São Paulo. Segundo Bolsonaro, a vacina não será comprada pelo Executivo. Veja a participação de Alexandre Garcia.
Para Rezende, quando o presidente faz uma afirmação como essa acaba ferindo o princípio de confiança.
“Isso não é bom para as relações futuras entre os dois povos [Brasil e China] porque estamos falando de superpotências. A China é uma superpotência, é um parceiro comercial [do Brasil] muito importante”, argumentou.
E continuou: “Essa afirmação tão categórica [do presidente] não cai bem junto ao governo chinês, muito menos junto ao empresariado chinês”.
No entanto, na avaliação de Rezende, a China não irá retaliar o Brasil de forma imediata, mas acredita que a declaração “vai deteriorando as relações” entre os países.
“Eu, sinceramente, fico muito temeroso que o presidente utilize desse tipo de discurso”, concluiu.
O jornalista ainda comentou sobre o senador Fernando Collor (Pros-AL) ser alvo de uma operação da Polícia Federal e de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ser o novo relator do inquérito que apura suposta interferência do presidente na PF.
Também com participação de Alexandre Garcia, o Liberdade de Opinião vai ao ar diariamente na CNN com transmissão simultânea na CNN Rádio.