Bolsonaro critica uso de medicamentos sem comprovação científica

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou às redes sociais, nesta quarta-feira (21/10), para desautorizar o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e enfatizar que o governo federal não vai comprar a vacina do laboratório chinês Sinovac Biotech, a Coronavac.

Ao descrever a Coronavac como “a vacina chinesa de João Doria“, Bolsonaro ressaltou que “o povo brasileiro não será cobaia de ninguém” e que não se justifica um “bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou a fase de testes”.

“Para o meu governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária]”, escreveu o presidente, em nota.

Por fim, decretou: “Diante do exposto, minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”. Veja, a seguir, a íntegra da publicação:

 

– A vacina chinesa de João Dória:

– Para o meu Governo, qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população,…

Publicado por Jair Messias Bolsonaro em Quarta-feira, 21 de outubro de 2020

 

O comentário surge um dia após o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, anunciar acordo com o governo de São Paulo – liderado por João Doria (PSDB), antagonista político de Bolsonaro – para a compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa.

Pazuello destacou, no entanto, que o medicamento será produzido no Brasil. “O Butantan já é o grande fabricante de vacinas para o Ministério da Saúde, produz 75% das vacinas que nós compramos. As vacinas são de todos os brasileiros”, disse o ministro.

No Brasil, a empresa chinesa mantém parceria com o Governo de São Paulo e com o Instituto Butantan, responsável por coordenar as pesquisas e fabricar a vacina, caso ela tenha resposta imunizatória e seja aprovada pela Anvisa.

Mais cedo, em resposta a um de seus seguidores que acusou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de traição, o chefe do Executivo federal disse que “qualquer coisa publicada, sem qualquer comprovação, vira traição”.

Metrópoles