Bolsonaro destruiu tentativa de assessores de ajudá-lo
Foto: Pablo Jacob
Assessores próximos de Jair Bolsonaro passaram a manhã toda de ontem dando nó em pingo d’água para tentar construir o discurso de que o presidente havia dito apenas que o governo só compraria a vacina produzida pelo Instituto Butantã em parceria com a chinesa Sinovac se a Anvisa a aprovasse.
Não era isso o que Bolsonaro dissera (“Não compraremos vacina da China” foi a frase), mas foi dessa forma que os bombeiros do Palácio tentaram consertar o arroubo do presidente. Beleza.
Só que Bolsonaro é Bolsonaro. Ontem à noite, em entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro mandou brasa:
— A vacina da China nós não compraremos. É decisão minha. Lamentavelmente já existe um descrédito muito grande (com a China), até porque, como muitos dizem, esse vírus teria nascido lá.
Os bombeiros amanheceram atônitos. Bolsonaro repetiu o que dissera na véspera, desmontando todo o discurso construído por eles — e que, em tese, fora combinado com o próprio capitão.
Questionados, três desses bombeiros não tiveram qualquer resposta a dar sobre a nova declaração do chefe.