Brasil tem 10 candidatos assassinados durante campanha
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Adervan Aprígio da Rocha, de 46 anos, caminhava perto de casa com suas duas enteadas quando foi abordado por três homens em um carro branco, forçado a se deitar no chão e baleado 20 vezes na cabeça. Conhecido como Aldo da Usina, ele era um dos pré-candidatos do PTB a vereador no município de Flexeiras, em Alagoas.
O assassinato de Aldo da Usina não é um caso isolado. Um levantamento feito por Época contabilizou 10 homicídios contra candidatos, pré-candidatos e dirigentes partidários entre 1º de setembro e 28 de outubro. Neste período, foram ao todo 40 ocorrências observadas, incluindo também tentativas de homicídio, agressões e ameaças contra políticos de 17 partidos.
“Aldo foi lançado candidato porque se dava bem com todo mundo, sempre lutou pelo esporte na zona rural, e decidiu se candidatar com o incentivo das pessoas da comunidade dele. Mas ele era da oposição e agora ele é a nona pessoa assassinada em período político aqui em Flexeiras na última década”, disse Luiz André Correia de Oliveira, candidato a prefeito do município pelo PTB.
Luiz Oliveira tem feito campanha com escolta policial cedida pelo Conselho de Segurança do Estado. Ele sustenta que também vem recebendo ameaças de oponentes na disputa política em Flexeiras, município com pouco mais de 12 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE.
Outros 26 candidatos a prefeito, a vice, ao cargo de vereador e também coordenadores de campanha foram vítimas de tentativas de homicídio e dois sofreram ameaças. Um desses atentados ocorreu contra o candidato Well Lima, do PT. Ele concorre à vaga na Câmara Municipal de Pedro II, município de 38 mil habitantes situado no Piauí.
Na madrugada de 14 de outubro, a casa de Well Lima foi alvejada por dois tiros. Uma das balas atravessou o portão de aço e atingiu uma das paredes da residência, próxima ao local onde o candidato dorme.
“Eu acordei por volta de 2h10 com um estalo forte, pois meu quarto fica na parte da frente. Mas nunca imaginei que fosse tiro no portão. Depois eu ouvi uns sussurros, vozes de homens, mas nao dava para entender. Em seguida, escutei o segundo disparo e pensei que era algum desentendimento na rua. Então fiquei quieto e voltei a dormir”, contou o candidato.
Pela manhã, uma vizinha entrou em contato com Well. Ela pediu para que ele fosse imediatamente à porta de casa para ver o que tinham feito. No muro e no portão havia uma uma frase pixada com a ameaça: “Well vai morrer”. Também foi pixada uma imagem que, segundo o candidato, é de uma formiga.
“Todo mundo na cidade ficou comentou que o recado foi claro, de que vou acordar com a boca cheia de formiga, que é um jeito muito comum de ameaçar alguém de morte. Claro que eu fico com um pouco de receio, mas também me dá ânimo pois mostra que estou do lado certo”, afirmou Well.
Os atos de violência contra candidaturas ainda inclui apedrejamentos, como o ocorrido no comitê de campanha do candidato Ivayr Soalheiro (PDT), que concorre à prefeitura de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O local teve as janelas quebradas a pedradas na madrugada de quarta-feira (21).
O levantamento identificou casos de violência política em 17 estados. Bahia, Paraíba e São Paulo foram os que registraram os maiores números de ocorrências, com 5 em cada. Também houve casos de homicídios, tentativas de homicídio e ameaças a candidatos no Acre, Alagoas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
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