Candidata do PSOL denuncia crime de homofobia
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Candidata a vereadora de Niterói, Benny Briolly (PSOL) registrou boletim de ocorrência nesta quarta-feira após receber ameaças de morte e mensagens de ódio em suas redes sociais. Em uma delas, um perfil fez referência a Ronnie Lessa, miliciano acusado de participar do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL).
“Ronnie Lessa já está de olhos em vocês. Cuidado com a metralhadora de excluir maconheiros”, diz a mensagem.
Benny é ex-assessora da deputada federal Talíria Petrone (PSOL), que articula e apoia sua candidatura e hoje também é alvo de ameaças. Em 2017, enquanto ainda trabalhava no gabinete da parlamentar na Câmara dos Vereadores, Benny chegou a ser xingada e alvo de cusparadas na rua.
— Na pré-campanha, já começaram alguns ataques e agora estamos sendo hostilizados na rua. Registramos como ameaça de morte e crime de LGBTfobia. As investigações vão ser abertas, para as pessoas responsáveis por esses perfis possam responder pelos atos criminosos — contou Benny.
A candidata, que costuma fazer campanha acompanhada de pequenos grupos de mulheres, vai passar a adotar medidas de segurança para os próximos dias da eleição, como o aluguel de um carro para os deslocamentos pela cidade e a junção de mais pessoas para as caminhadas nas ruas. De acordo com Benny, ela e suas companheiras de agenda foram atacadas por um grupo do PSL, que praticou ameaças e ofensas.
— Fomos diversas vezes chamadas de piranha, puta e falaram que a gente tinha que morrer. Eles chegaram a nos empurrar, achei que iam nos agredir. Talvez essas pessoas não façam nada, mas podem encorajar outras. A nossa candidatura representa a chance de eleger a primeira mulher trans, negra. Isso ameaça o projeto conservador, as pessoas estão incomodadas.