Comediante inglês põe Bolsonaro em time de ditadores
Foto: BUCK ELLISON / NYT
Após aprontar todas no primeiro filme de “Borat”, Sacha Baron Cohen retorna ao personagem, quinze anos depois, com uma importante missão: levar um presente do premiê do Cazaquistão ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em “Borat 2”, o americano é citado como chefe do “Clube dos Tiranos” — do qual também fazem parte outros “grandes líderes”, como Jair Bolsonaro, Kim Jong-Un, Vladimir Putin e Kanye West.
Lançado no Amazon Prime Video na sexta-feira passada, a duas semanas das eleições americanas, o longa aposta nas ironias a Trump, apresentado como o “maravilhoso novo premiê que tornou a América grande de novo”, depois que os EUA foram “arruinados por um homem mau que ia contra os valores americanos” (Barack Obama). Tamanha tem sido a repercussão que o republicano até comentou o trabalho do ator (“Não acho engraçado”, disse Trump).
Quinze anos após o primeiro filme, em que satirizou os costumes da sociedade americana, um Baron Cohen apreensivo diz ter percebido uma grande mudança no país. Para pior.
— Em 2005, era preciso um personagem como Borat, misógino, racista, antissemita, para fazer as pessoas revelarem seus preconceitos internos. Agora, esses preconceitos são evidentes. Os racistas têm orgulho de ser racistas — afirma, em entrevista ao New York Times.