Escolhido de Bolsonaro para STF seria novo Aras
Foto: TRF-1
Gente experiente da comunidade jurídica, inclusive desafetos de Jair Bolsonaro, viram na indicação de Kassio Marques ao STF mais um lance de mestre do presidente, parecido ao que alçou Augusto Aras à PGR: ambos não foram escolhidos após campanhas de instituições, entidades de classe do direito ou da sociedade civil. Nos dois casos, também é possível contar nos dedos de uma mão os avalistas “avulsos” da escolha. Assim como o até agora dócil Aras, Marques, se chegar a ocupar a vaga, deverá gratidão, acima de tudo e de todos, a Bolsonaro.
A prova cabal de que a indicação de Marques tem poucos padrinhos e avalistas: até Luiz Fux foi alijado das negociações
Porém, não faltarão supostos “padrinhos”, inclusive deputados do Centrão sem nenhum trânsito no Planalto (diferentemente de Ciro Nogueira), dizendo que ajudaram no processo. Tudo cascata.
Dos atuais ministros do STF, foram poucos os que chegaram até a Corte sem um amplo leque de apoios. Fux, por exemplo, foi bancado por Sérgio Cabral, Delfim Neto, Antonio Palocci e José Dirceu.