Exército gastará R$ 3,2 mi com “bocas livres”
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Na contramão da contenção de gastos tão defendida pelo ministro Paulo Guedes e em plena pandemia — é sempre bom lembrar: ainda não há vacina e o vírus é o mesmo do início do ano –, o Colégio Militar de Recife, ligado ao Exército, anunciou a contratação de uma empresa especializada na prestação de serviços de buffet.
Ao todo, são cinco tipos de eventos para até treze unidades militares em Recife, Olinda e Garanhuns. Nas especificações, o Exército lista dados de referência para o limite de gastos da farra. São onze churrascos que poderão receber até 10.700 pessoas e terão picanha, maminha e fraldinha. Serão contratados garçons e churrasqueiros profissionais.
Já os serviços de coquetéis serão realizados em treze unidades militares de Pernambuco. O público máximo que o Exército topa bancar chega a 3.000 pessoas. Os coquetéis salgados de camarão e bacalhau e cerveja “puro malte”.
Estão previstas ainda 13.500 refeições, entre almoços e jantares, cardápio que inclui atum canadense, filé mignon e arroz com champignon e linguiça seca.
Os almoços e jantares também serão regados a cerveja ‘puro malte’. O cardápio foi feito por uma nutricionista do Exército.
O Colégio Militar do Recife justifica que a contratação de empresa de buffet para tantas festas tem o objetivo de apoiar eventos como reuniões de pais e mestres, recepções de autoridades civis, desfiles cívico-militares, conclusão de curso e vários outros eventos.
O gasto milionário anunciado pelas unidades do Exército ocorre na mesma semana em que Jair Bolsonaro anunciou o veto à vacina da China, por considerar que o governo não tem dinheiro para investir no imunizante, considerado por ele duvidoso.