Filipinas suspeitam de monitoramento de embaixadora

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Foto: Reprodução/Facebook

O Departamento de Relações Exteriores (DFA, na sigla em inglês) das Filipinas vai investigar uma possível falha de segurança no caso envolvendo a embaixadora Marichu Mauro. Ela foi flagrada agredindo uma empregada doméstica na residência diplomática, em Brasília, no Distrito Federal, como revelou o ‘Fantástico’, da TV Globo.

De acordo com a Diretora Executiva de Comunicação Estratégica do DFA, Ivy Banzon Abalos, “questões de segurança e administração da Embaixada” também fazem parte da apuração. Além das alegações de abuso físico, o processo quer explicações sobre o acesso e compartilhamento das gravações do circuito interno da residência diplomática. As informações são do jornal filipino “Manila Bulletin”.

Segundo Abalos, o DFA ainda está definindo qual departamento deve ouvir Marichu e quais membros farão parte da equipe de investigação, chefiada por um embaixador.

— Se evidências prima facie (quando a prova é suficiente para a consolidação do fato) forem estabelecidas pela equipe de investigação, o caso será ouvido por um painel de audiência constituído pelo Conselho de Administração do Serviço Exterior — explicou.

Fontes do DFA ouvidas pelo “Manila Bulletin” estimam que Marichu deve retornar às Filipinas na próxima semana, após ter sido convocada pelo secretário de Relações Exteriores Teodoro Locsin Jr. na segunda-feira. Diplomatas ouvidos pelo jornal apontam que o episódio deve significar “o fim da carreira” da embaixadora.

Divulgadas no domingo (25), as imagens das agressões obtidas pelo ‘Fantástico’ e pela ‘GloboNews’ foram usadas como prova em denúncia contra a diplomata firmada no fim de agosto. Marichu foi nomeada embaixadora no Brasil em 2018. Desde 1995, já atuou em países como Bahrein, Bélgica, Israel e Itália.

O Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal e Tocantins (MPT- DF/TO) abriu investigação para apurar o caso. O órgão informou que “segundo a procuradora Carolina Mercante, pelos vídeos encaminhados, é possível detectar agressões físicas, que configuram trabalho degradante”.

Procurada, a Embaixada das Filipinas no Brasil informou em nota apenas que “a embaixadora não deseja comentar o assunto”.

O Globo