INSS gastou milhões com softwares vendidos por distribuidora de bebidas
Foto: O GLOBO / INSS
Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou a existência de prejuízo de R$ 4,6 milhões aos cofres públicos em um contrato feito pelo INSS para comprar softwares de uma empresa que funcionava em uma distribuidora de bebidas, em Brasília. O caso, revelado pelo GLOBO em 2018, ocorreu durante a gestão do presidente Michel Temer (MDB).
Na auditoria, a área técnica do TCU recomendou que seja considerada grave a conduta do então presidente do INSS, Francisco Lopes, e que ele seja proibido de ocupar cargos na administração pública federal. O relatório aponta três irregularidades envolvendo o contrato: direcionamento da contratação para a empresa RSX, pesquisa de preços simulada e prejuízo ao erário.
“Considera-se, ainda, em relação aos responsáveis Francisco Paulo Soares Lopes, Ilton Jose Fernandes Filho e Ornon de Vasconcelos Mota Júnior, que devem ser consideradas graves as infrações praticadas pelos mesmos, as quais resultaram no direcionamento da contratação da empresa RSX, na contratação de software desnecessário ao INSS e em dano ao erário. Dessa forma, nos termos do art. 60 da Lei 8.443/1992, e do art. 270, do RITCU, os referidos responsáveis devem ser inabilitados para o exercício de cargo em comissão e de função de confiança na Administração Pública Federal”, diz o relatório