Intercept ataca Glenn publicamente
Foto: IGO ESTRELA/METRÓPOLES
O The Intercept comentou o pedido de demissão do cofundador do jornal Glenn Greenwald. O jornalista anunciou seu desligamento nesta quinta-feira (29/10), alegando que teria sido censurado pelo veículo de imprensa. O portal negou tê-lo censurado.
O jornal atacou Glenn ao afirmar que a narrativa apresentada pelo jornalista “está repleta de distorções e imprecisões”. O veículo defende que a demissão “deriva de um desacordo fundamental sobre o papel de editores na produção”.
“Glenn exige o direito absoluto de determinar o que publicará. Ele acredita que qualquer pessoa que discorde dele é corrupta e qualquer pessoa que pretenda editar suas palavras é um censor”, critica
Para o jornal, a acusação de Glenn é “absurda” e suas justificativas são “todas destinadas a fazê-lo parecer uma vítima, em vez de uma pessoa adulta fazendo birra”.
“Importante deixar claro que nosso objetivo ao editar seu trabalho era garantir que fosse preciso e justo. Enquanto nos acusa de preconceito político, era ele quem tentava reciclar as afirmações duvidosas de uma campanha política – a campanha Trump – e lavá-las como jornalismo.”
Ainda na publicação, o portal defende que tem “o maior respeito pelo jornalista”, mas acusa: “Foi Glenn quem se desviou de suas raízes jornalísticas originais, não The Intercept”.
Mais cedo, Glenn Greenwald acusou o The Intercept de impedir uma publicação sua sobre o candidato democrata Joe Biden. O artigo censurado revelava depoimentos de testemunhas com questões críticas sobre a conduta do presidenciável.
“Não contentes em simplesmente impedir a publicação deste artigo no meio de comunicação que eu cofundei, esses editores da Intercept também exigiram que eu me abstivesse de exercer um direito contratual separado de publicar este artigo com qualquer outra publicação”.
O artigo em questão traria críticas ao candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden.
“A causa final e precipitante é que os editores do The Intercept, em violação do meu direito contratual de liberdade editorial, censuraram um artigo que escrevi esta semana, recusando-se a publicá-lo a menos que eu removesse todas as seções críticas ao candidato democrata à presidência Joe Biden, o candidato apoiado veementemente por todos os editores do Intercept de Nova York envolvidos neste esforço de supressão”, defendeu.
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