Relator empurra pra “deus” aprovação do “renda cidadã”

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Foto: Reprodução

O senador Márcio Bittar (MDB-AC) afirmou nesta terça-feira (6) que a proposta para o Renda Cidadã – programa social que o governo tenta criar para substituir o Bolsa Família – deve ficar pronta na próxima semana, “se Deus quiser”.

Bittar foi questionado se o Renda Cidadã ficaria para dezembro, depois das eleições municipais. O senador é relator da proposta de Emenda à Constituição conhecida como “PEC Emergencial”, que ainda tramita no Congresso e deve incorporar o Renda Cidadã.

“Semana que vem, se Deus quiser, está pronto”, disse.

Bittar deu a declaração ao chegar no Palácio do Planalto, na tarde desta terça. Um dia antes, na segunda (5), ele chegou a afirmar após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que apresentaria a proposta nesta quarta (7).

Nesta terça, o senador atualizou a previsão e disse que não há como apresentar a fórmula final do projeto nesta semana. Segundo ele, é melhor gastar mais tempo para fechar um consenso.

“Houve um momento muito importante essa semana para o país inteiro, que foi esse encontro entre o presidente da Câmara dos Deputados e o ministro da Economia. São duas pessoas muito importantes. Então, não custa esperar mais um pouco”, declarou Bittar.

O parlamentar voltou a dizer que as despesas com o programa estarão dentro do teto de gastos – as não especificou de onde virá o dinheiro que financiará o Renda Cidadã.

“Eu não vou mais especular sobre item nenhum. O que eu acho que é fundamental é que está construindo um consenso. Espero que na semana que vem eu apresente tudo de uma vez. O pacto federativo e a [PEC] Emergencial, dentro dela a criação do programa”, afirmou Bittar.

A definição desse financiamento é o principal entrave, até o momento, para que o Renda Cidadã comece a tramitar no Congresso. Além de reunir benefícios que já existem, o governo pretende ampliar o valor mensal pago às famílias – e para isso, precisa indicar de onde virá o dinheiro adicional.

O governo Jair Bolsonaro tenta viabilizar um programa social chamado Renda Cidadã para incorporar e substituir o Bolsa Família, aumentando o repasse por família. Mas, como está sujeito ao teto de gastos, o governo ainda tenta encontrar a melhor forma de encaixar os custos adicionais no orçamento.

O teto de gastos é uma regra criada em 2016 para segurar as despesas públicas do governo federal. Na prática, ele impede que os gastos do governo cresçam mais que a inflação do período, o que prejudicaria o controle da dívida brasileira.

G1