Taxa de desemprego no país pode chegar a 26%
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O IBGE divulgou nesta sexta-feira a última edição da Pnad Covid-19 semanal, mostrando o tamanho que o desemprego pode alcançar nas próximas semanas. Há 15,3 milhões de trabalhadores que não procuraram uma vaga por causa da pandemia. São potenciais desempregados que ainda não puderam oferecer sua mão de obra ao mercado.
Se todos eles voltarem ao mercado em busca de uma vaga, a taxa de desemprego no Brasil pode chegar a 26%, mais de um quarto da nossa força de trabalho. O auxílio emergencial está segurando esses milhões de trabalhadores em casa, mas o benefício já foi cortado pela metade desde setembro e deve acabar ou diminuir significativamente no próximo ano. Seriam quase 30 milhões de trabalhadores nessa condição.
Nem todos os 15,3 milhões devem se tornar desempregados. Uma boa parte vai para informalidade e outra vai deixar o mercado definitivamente, já que a concorrência será imensa. Se metade desses 15,3 milhões forem em busca de uma vaga, o desemprego subiria para 20%.
Desde que a Pnad Covid-19 começou, a desocupação só subiu. Houve relaxamento da quarentena, algumas atividades econômicas voltaram, e a dimensão da crise no mercado de trabalho foi se desenhando a cada semana. Desde maio, o contingente aumentou em 4,2 milhões, mais 840 mil desempregados a cada semana.
Os bons números do comércio, serviços e indústria geram alguma esperança de que essa melhora possa se refletir no emprego em algum momento. Mas não agora.