Boulos suspende campanha de rua após contaminação de aliada
Foto: Matheus Lara/Estadão
O candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, decidiu suspender as atividades de rua da campanha depois do anúncio de que sua aliada, a deputada federal Samia Bomfim (PSOL-SP), está com covid-19.
“O contato que eu tive com a Samia foi absolutamente esporádico, ambos de máscara. Não tenho qualquer sintoma mas por precaução decidimos fazer o teste e também tomamos uma decisão de, até sair o resultado, não fazer agendas públicas de rua”, disse o candidato nesta terça-feira, 24.
Samia foi diagnosticada na segunda-feira, 23. Antes a deputada havia participado de um evento com o candidato na sexta-feira, 20.
Boulos aproveitou o fato para criticar seu adversário, o prefeito Bruno Covas (PSDB), candidato à reeleição. Segundo Boulos, sua equipe tenta agendar o exame desde segunda-feira, mas só conseguiu marcar um horário para amanhã. Para o candidato, isso é consequência do aumento de casos na cidade que, segundo ele, está sendo subestimado pelo prefeito.
Boulos também comentou o resultado da pesquisa Datafolha que mostra a queda de 16 para 10 pontos porcentuais da vantagem de Covas no segundo turno. Para o candidato, os números mostram que existe uma “onda” de apoio à sua candidatura.
Segundo ele, o resultado da pesquisa provocou “desespero” na campanha do PSDB que estaria apelando para a propagação de fake news.
Ele cita um áudio do secretário municipal de Educação, Bruno Caetano, que circulou pelo WhatsApp no qual Caetano diz que Boulos “fala mal” das creches conveniadas e agradece “todo mundo que está ajudando a espalhar a verdade”.
Os advogados do PSOL fizeram uma representação ao Ministério Público Eleitoral pedindo investigação de possível abuso do poder econômico na fala do secretário. A ação pode levar à cassação da chapa.
Além disso, Boulos disse ter sido alvo de fake news em que é atribuído a ele, caso seja eleito, a demissão de funcionários das creches conveniadas à Prefeitura. O programa de governo do candidato fala em “reverter, gradativamente, o processo de privatização, terceirização e conveniamento da educação”.
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