Doria se afasta da vacina chinesa para não atiçar Bolsonaro
Foto: Governo de São Paulo/Divulgação
Na reta final dos testes clínicos da CoronaVac, o governo de São Paulo decidiu mudar de estratégia para não criar mais animosidade com o governo federal, a quem cabe comprar e incluir a vacina contra Covid-19 no programa nacional de imunização para ser distribuída no Brasil inteiro.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), decidiu se afastar dos anúncios técnicos envolvendo o imunizante. Segundo secretários e auxiliares, o objetivo é evitar a guerra política em torno do assunto e superar a resistência do presidente Jair Bolsonaro à vacina, que é desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Butantan.
Foi o que aconteceu nesta segunda-feira, 23, na divulgação da informação de que a CoronaVac atingiu o número mínimo (61) de voluntários infectados por Covid-19, condição para atestar o seu grau de eficácia. Sem Doria, o evento foi conduzido pelo secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, que frisou que o governador se mantém “afastado” do comitê estadual da Covid-19 justamente para evitar a alegação de “interferência política”.
Nos bastidores, as conversas entre os técnicos do Butantan e do Ministério da Saúde estão “fluindo bem”. No entendimento dos integrantes do governo paulista, o protocolo de intenções de compra da Coronavac junto ao Butantan – assinado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello — não foi anulado e continua de pé, mesmo depois de Bolsonaro ter dito um dia depois que havia “mandado cancelar” o documento.
Na visão deles, será “dificílimo” o presidente barrar uma vacina que deve se comprovar segura e eficaz nas próximas semanas e terá 46 milhões de doses prontas para serem aplicadas em janeiro.
Para conseguir a aprovação célere na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a etapa final para destravar a negociação com o governo federal, o Butantan tentará também registrar o imunizante com a agência similar chinesa — medida prevista na legislação aprovada neste ano. Com isso, a Anvisa não precisara repetir os trâmites que já foram certificados na China.
Para não abrir margem para ruídos, como ocorreu em anúncios anteriores, o Butantan ainda quer esperar o pronunciamento do comitê internacional independente, que monitora os testes da Coronavac, para divulgar os dados de eficácia — o que deve ocorrer já na próxima semana. A ideia é dar mais credibilidade à vacina, que é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma das oito em estágio mais avançado do mundo.
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