Erro das pesquisas nos EUA em 2016 não se repetirá em 2020

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Foto: Nick Oxford/Reuters

Um homem branco, morador do Meio-Oeste e que nunca chegou à universidade.

Essa figura simples, que a princípio não assusta ninguém, povoou o pesadelo de todos que trabalham com pesquisas eleitorais nos EUA nos últimos quatro anos.

Foi um erro na amostragem desse grupo que levou sondagens a indicar que a favorita à Casa Branca em 2016 era a democrata Hillary Clinton —e não Donald Trump, que acabou eleito naquele 8 de novembro.

Ao resultado seguiu-se uma onda de críticas aos levantamentos, com o novo presidente acusando os institutos e a imprensa de promoverem fake news para beneficiarem os democratas. Por isso, muitos questionam se é possível confiar nas pesquisas atuais, que mostram Joe Biden à frente do republicano.

Para Lee Miringoff, diretor do Instituto para Opinião Pública do Marist College, a resposta é positiva.

“A narrativa mostrada pelos levantamentos, com vantagem para Biden, está correta. Mas a margem dele não é invencível. Na verdade, a situação é semelhante à de 2016, Trump pode vencer”, diz ele.

A confiança nas pesquisas quatro anos depois se deve a correções que o setor diz ter feito para evitar os equívocos de 2016. A avaliação unânime é a de que o maior problema foi subestimar a importância do grupo formado por pessoas brancas que não foram para a universidade. Foi exatamente essa a conclusão de um estudo feito pela AAPOR (Associação Americana dos Pesquisadores em Opinião Pública).

Redação com Folha