Evangélicos ajudam Campos contra Marília

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Foto: Reprodução

Depois de largar em desvantagem, o deputado João Campos (PSB) conseguiu zerar a disputa pela Prefeitura do Recife contra a prima Marília Arraes (PT), com aposta na incitação ao antipetismo. De acordo com pesquisa do Ibope, Campos subiu quatro pontos, e tem agora 43% das intenções de voto, enquanto Marília caiu quatro, para 41%. Os primos estão empatados dentro da margem de erro, de três pontos.

Os votos em branco e nulos mantiveram-se em 15%, enquanto os indecisos variaram de 1% para 2%. Considerando apenas os votos válidos, Campos subiu de 47% para 51%, enquanto Marília recuou de 53% para 49%

A esta altura, as campanhas dos dois deixaram para segundo plano o debate propositivo e focam na contrapropaganda do adversário. A tese é simples: vencerá aquele que for identificado como opção “menos pior” pelo eleitor de perfil conservador, que votou nos candidatos Mendonça Filho (DEM) e Delegada Patrícia (Podemos). Juntos, eles somaram quase 40% dos votos válidos no primeiro turno.

Marília aposta na elevada rejeição à gestão do prefeito Geraldo Júlio (PSB), enquanto tenta driblar a antipatia ao PT. Por sua vez, Campos esquiva-se da pecha de “menino” – ele tem apenas 26 anos – e tenta associar a prima à corrupção.

O resultado da pesquisa pode refletir um revés que a candidata do PT sofreu nos últimos dias. Contrariando o presidente do PDT, Carlos Lupi, e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), aliados de Campos, o deputado Túlio Gadêlha (PDT) declarou apoio à Marília. Mas o gesto, inicialmente festejado, se tornou um grande abacaxi para a petista. Em áudio divulgado pela “Veja”, Gadêlha disse a interlocutor desconhecido que Marília teria sugerido que ele fizesse “fundo de caixa” para a campanha com salário de assessores, esquema mais conhecido como rachadinha.

O deputado disse que gravação foi “descontextualizada”, mas não negou que era sua voz. Ele continua apoiando Marília.

O episódio apenas reforçou os ataques que o PSB vinha fazendo à petista, que é investigada pelo Ministério Público de Pernambuco, desde o fim ano passado, por improbidade administrativa relacionada a esquema de contratação de funcionários fantasmas. Inserções não assinadas na TV discorrem sobre a denúncia contra a candidata, reforçando a ligação do PT com esquemas de corrupção em geral.

Em paralelo, os primos estão em uma ofensiva pelo voto evangélico e do eleitor de costumes conservadores. Com ajuda de aliados conservadores que atraiu para o segundo turno, como o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), a petista tenta dialogar com o eleitor religioso, mas Campos atua para fechar os caminhos. Aliada de Campos, a vereadora Missionária Michelle Collins (PP), tem feito o papel de espalhar a rejeição contra a petista nas igrejas. “Se ela [Marília Arraes] queria tirar a Bíblia da Câmara de Vereadores, imagina o que vai fazer com os evangélicos quando for prefeita. Cuidado! Quem é contra Deus não é digno do seu voto”, declarou a vereadora.

A Justiça Eleitoral proibiu ontem a vereadora de falar que Marília furtou uma Bíblia da Câmara de Vereadores, sob pena de multa de R$ 100 mil por cada descumprimento.

Na seara religiosa e dos costumes, nem todos os ataques à petista tem assinatura. Panfletos apócrifos associando Marília à ideologia de gênero, aborto e legalização de drogas têm sido distribuídos pelas ruas do Recife, juntamente com material publicitário de João Campos.

A Justiça determinou que o PSB se abstenha de distribuir os panfletos, entendendo que a coligação de Campos é responsável mesmo que não tenha sido quem diretamente entregou o material, sendo o maior a maior beneficiada com a ação.

A pesquisa do Ibope foi realizada com 1.001 eleitores no Recife, entre os dias 23 e 25, sob encomenda da Rede Globo e do “Jornal do Commercio”. O nível de confiança do levantamento é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o protocolo PE- 04600/2020.

Valor Econômico 

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