Decepcionado, Alcolumbre apoiará sucessor “independente” do Planalto
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Surpreendido pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de barrar a reeleição no comando das duas casas do Congresso, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) sinalizou a aliados que vai endossar a candidatura de alguém alinhado a ele, mas que seja independente do Palácio do Planalto.
A avaliação do entorno do senador é que o presidente Jair Bolsonaro perdeu com o veto do Supremo à sua recondução ao cargo, porque ele atuava como ponte de diálogo e entendimento no Legislativo. O diagnóstico foi que o Planalto não se envolveu o suficiente na articulação para garantir a vitória no STF, por estar mais preocupado em se livrar do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apesar de torcer pela permanência de Alcolumbre no cargo.
Desde a noite do domingo, Alcolumbre já começou a conversar com senadores para costurar a sua sucessão. A expectativa entre aliados que já falaram com ele é que o nome apoiado por ele seja alguém que não aparece na bolsa de apostas no Senado. Isso excluiria, portanto, a possibilidade do endosso a dois integrantes do MDB cotados para a disputa, os líderes do governo Bolsonaro no Congresso, Eduardo Gomes (TO), e no Senado, Fernando Bezerra Coelho (PE).
Após a decisão, sacramentada por volta das 23h do domingo, Bolsonaro tentou entrar em contato com Alcolumbre, mas até o meio da manhã desta segunda, os dois ainda não haviam conversado. O senador estava até o começo da tarde em Macapá, onde votou na eleição adiada para a prefeitura da capital — seu irmão, Josiel (DEM), foi para o segundo turno em primeiro lugar — e viajou para Brasília, onde deve se encontrar pessoalmente com diversos senadores nos próximos dias. Parlamentares que só viajariam para Brasília na próxima semana já anteciparam seus voos para chegar antes na capital.
O resultado favorável no julgamento do STF, realizado em plenário virtual, era dado como certo pelo presidente do Senado e seu grupo. Após a decisão de seis ministros da Corte contra a reeleição, Alcolumbre informou a aliados que respeitaria os votos e, apesar de discordar, não recorreria, para não criar uma crise institucional ao fim do seu mandato como presidente da Casa.
Com menos de dois meses até a eleição, no começo de fevereiro de 2021, as candidaturas ao comando do Senado terão que ser construídas do zero. Segundo relatos de aliados de Alcolumbre, a decisão foi vista como uma derrota para o Planalto, que perderá um interlocutor que evitou pautas polêmicas, entre elas as que envolvem o filho do presidente, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
De acordo com os cálculos do entorno do atual presidente da Casa e do Congresso, ele teria a maioria absoluta dos votos no plenário (cerca de 65 dos 81, segundo os mais otimistas) e, portanto, está em posição segura para definir o seu sucessor.
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