Decreto Legislativo anula racismo de chefinho da Palmares
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O Senado aprovou hoje, por 69 votos a 3, projeto de decreto legislativo para reverter os efeitos da portaria da Fundação Cultural Palmares, presidida por Sérgio Camargo, que excluiu 27 nomes da lista de personalidades negras – entre elas os cantores Gilberto Gil, Milton Nascimento, a ex-senadora Marina Silva (Rede) e o senador Paulo Paim (PT-RS). A matéria agora vai à análise na Câmara dos Deputados.
Pouco atuante nas sessões, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, resolveu se manifestar a favor de Sérgio Camargo e contra o decreto. “Está mais do que na cara que o critério sempre foi político-ideológico e que, agora, o que o presidente da Fundação Palmares faz é querer estabelecer um critério objetivo, que seja póstuma esta homenagem”, reclamou o senador. “O presidente da Fundação nada mais faz do que agir com coragem, com coerência.”
Para concluir, Flávio, que é branco, ainda deu a entender que ele poderia estar sofrendo um tipo de “racismo” dos demais por expor sua opinião ali. “Eu sonho em viver num país onde as pessoas não sejam julgadas pela cor da pele, como pode estar acontecendo neste momento agora. Mesmo eu me colocando aqui como uma pessoa que sempre… o meu histórico, o histórico da minha família fala por si, de intolerância com o racista e com o racismo. Posso estar sendo julgado pela cor da minha pele nesse momento”, disse.
Além de Flávio Bolsonaro, os senadores Zequinha Marinho (PSC-PA) e Soraya Thronicke (PSL-MS) votaram contra sustar a decisão de Sérgio Camargo. A liderança do governo orientou a favor da proposta.
Relator do texto, Fabiano Contarato (Rede-ES) afirmou que o que aconteceu “foi uma censura ideológica” contra negros e negras que divergem politicamente do atual governo. “A cultura negra faz parte da identidade brasileira e resiste bravamente há séculos contra o racismo estrutural e todo tipo de violência. Não é um gestor negacionista da Fundação Palmares que vai, na canetada, apagar nossa História”, disse. Ele também lembrou que Paim foi um dos excluídos. “O senador Paulo Paim é uma referência da boa política e mais uma das personalidades negras injustamente excluídas da lista da Fundação Cultural Palmares.”
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