Maia e Lira já contabilizam traições

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Foto: Michel Jesus / Câmara dos Deputados

Apesar de o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de Arthur Lira (PP-AL), candidato ao posto, terem anunciado que têm ao lado blocos partidários com cerca de 30% da Casa — no caso de Maia, o nome que ele vai apoiar na disputa —, dissidências já começam a se formar.

Maia, que teve a reeleição barrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), formou um grupo com DEM, PSL, MDB, PSDB, DEM, Cidadania e PV, em um total de 157 deputados, com base na bancada eleita em 2018. No PSL, no entanto, o apoio do presidente Jair Bolsonaro a Lira já começou a dar resultados.

— Lira está alinhado com o presidente Bolsonaro e já disse que botará para votar as pautas do governo. Algumas pessoas argumentam que ele responde a processos. Mas, processos na Justiça, muitas pessoas têm. Caso ele seja condenado, tem que pagar, mas não se pode prejulgar — afirmou o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), da ala bolsonarista do partido.

Luiz Lima (PSL-RJ), por sua vez, não apenas declara o voto em Lira como articula para ele o apoio do PSB, junto com o socialista Felipe Carreras (PE).

— Como vice-líder do governo, sigo Bolsonaro. Também acho que Lira terá mais diálogo com os deputados, porque hoje a decisão da pauta está muito centralizada na presidência — afirmou Lima.

Arthur Lira, por outro lado, anunciou ter recebido o apoio de PSD, Pros, Avante, Patriota, PL, SD e PSC, que somam 160 deputados, mas também sofre com dissidências fora e dentro de seu partido, o PP. Fábio Trad (PSD-MS), por exemplo, reluta em seguir a orientação de seu partido.

— Acho perigoso para a democracia, sobretudo agora, ter o presidente do Poder Legislativo muito sintonizado com o Poder Executivo — disse Trad, que espera a definição do rival de Lira para se decidir.

O grupo de Maia conta ainda com defecções no Pros, cujo líder, Acácio Favacho (AP), não compareceu ao evento do lançamento de candidatura de Lira. Por temer retaliações do Planalto, como a demora na liberação de recursos das emendas parlamentares, deputados que optarem pela “traição” a favor de Maia tendem a executar a estratégia de maneira silenciosa — o voto é secreto.

A maior divisão relacionada a Lira, no entanto, pode vir de seu próprio partido. Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) é apontado como o preferido de Maia e visto como um político com diálogo com boa parte do Congresso, principalmente a esquerda, considerada a fiel da balança. Maia também é grato a Ribeiro por ter recebido seu apoio em 2016, quando se elegeu presidente da Câmara pela primeira vez.

Ribeiro disputa principalmente com Baleia Rossi (MDB-SP) o posto de candidato apoiado pelo grupo de Maia. O emedebista tem a desvantagem de ter menos entrada na esquerda, mas, por outro lado, garantiria o apoio dos outros 34 deputados do MDB, o que dificilmente acontecerá caso Maia opte por Ribeiro. Nesse cenário, a avaliação é que boa parte da bancada migrará para Lira.

Ontem, Maia brincou que, se fosse por preferência pessoal, escolheria um “filho” e citou que teria predileção por alguém do DEM, como Elmar Nascimento (BA), mas que precisava que o bloco montado permanecesse “em pé”.

O Globo

 

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