Pfizer e Moderna testam vacina contra mutação do coronavírus
Foto: Reuters
A Pfizer e a Moderna estão testando suas vacinas para a Covid-19 contra a variante do vírus que surgiu no Reino Unido e se dissemina rapidamente. A informação foi divulgada nesta terça-feira pela rede americana CNN.
A Moderna acredita que a imunidade de sua vacina proporcionará proteção contra a variante e realizará mais testes nas próximas semanas para confirmar, disse a empresa em um comunicado à emissora dos Estados Unidos.
A Pfizer disse que está “gerando dados” sobre o quão bem amostras de sangue de pessoas imunizadas com sua vacina “podem ser capazes de neutralizar a nova linhagem do Reino Unido”, de acordo com a reportagem.
Pfizer e Moderna não responderam de imediato a pedidos de comentário da Reuters.
A descoberta da nova variante semeou uma nova onda de pânico em meio a uma pandemia que já matou cerca de 1,7 milhão de pessoas e infectou mais de 77,15 milhões em todo o mundo. A principal preocupação é que a nova variante tem se mostrado de 40% a 70% mais transmissível.
Cientistas disseram que não há indícios de que a vacina feita pela Pfizer e pela BioNTech, que está sendo atualmente aplicada no Reino Unido, assim como outros imunizantes em desenvolvimento contra a Covid-19 em todo o mundo não protegerão contra esta variante, conhecida como linhagem B.1.1.7.
BioNTech prevê adaptação
O laboratório alemão BioNTech, que em parceria com a americana Pfizer produziu a primeira vacina aprovada internacionalmente contra a Covid-19, anunciou que poderia fornecer uma vacina adaptada à nova linhagem do vírus “em seis semanas”.
— Tecnicamente somos capazes de fornecer uma nova vacina em seis semanas — disse Ugur Sahin, cofundador do laboratório alemão. — A beleza da tecnologia do RNA mensageiro é que podemos diretamente começar a conceber uma vacina que imita fielmente a nova mutação.
Ugur Sahin destacou, no entanto, que é “muito provável” que a atual vacina seja totalmente eficaz contra esta nova cepa detectada no Reino Unido, que é mais contagiosa e provoca o temor de um aumento dos casos.
— Cientificamente é muito provável que a resposta imunológica provocada pela vacina possa servir para esta variante do vírus — afirmou Sahin, que fundou com a esposa, Özlem Türeci, o laboratório BioNTech.
Sahin apresentou razões para seu otimismo: a vacina desenvolvida em parceria com a Pfizer “contém mais de 1.000 aminoácidos e apenas nove deles sofreram mutação, o que significa que 99% da proteína é sempre a mesma”.
Dentro de duas semanas, a BioNTech pretende publicar as conclusões de estudos realizados com esta variante do vírus, segundo o cientista.
A detecção da mutação no Reino Unido provocou pânico no mundo e perguntas sobre a eficácia das vacinas.
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