Procurador recua e não pedirá que promotores furem fila da vacina
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O procurador-geral de Justiça do estado de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, afirmou nesta quinta-feira (3) que não encaminhou nem encaminhará ao governo estadual um pedido coletivo de promotores e procuradores do Ministério Público de São Paulo para serem considerados grupos prioritários para a vacinação.
Em áudio enviado pelo procurador-geral de SP à equipe de comunicação do órgão que preside , com a orientação expressa de ser espalhada, ele disse também que chegou a fazer tal promessa, no último dia 24 de novembro, ao procurador e membro do Conselho Superior do MPSP Arual Martins, mas que jamais teve a intenção de cumpri-la, tendo sido apenas palavras ditas “por razões políticas”.
As declarações do procurador-geral foram dadas após o Brasil de Fato revelar que um grupo de promotores e procuradores escreveu um pedido coletivo solicitando que todos os membros do MP recebam a vacina contra a covid-19 antes da população em geral. O pedido foi recebido pelo procurador-geral, que informou que iria encaminha-lo pessoalmente ao governador de São Paulo.
Tudo isso consta em ata de reunião do Conselho Superior do Ministério Público realizada no dia 24 do mês passado. Os trechos referidos podem ser lidos em reportagem do Brasil de Fato. Já a íntegra do documento foi publicada e está disponível em versão digital na página 52 do Caderno 1 do Poder Executivo do Diário Oficial do Estado de SP, edição de 2 dezembro deste ano.
Nesta quinta-feira, um dia após o teor da reunião ter se tornado público, Sarrubbo confirmou o que informa a reportagem e o Diário Oficial, mas explicou que jamais teve a intenção de fazer o que disse que faria ao procurador e conselheiro superior do MPSP, Arual Martins.
“Eu disse ao conselheiro Arual que iria falar com o governador, mas, evidentemente, não falei. É uma questão de política interna, a minha resposta está ligada a uma questão de política interna, porque o Arual me levou essa demanda na (reunião do) Conselho”, diz ele no áudio.
No áudio acima, Sarrubo afirma que a reportagem da última quarta-feira não publicou a nota de resposta enviada à redação pelo MPSP.
Na realidade, conforme comprovam registros telefônicos e troca de mensagens eletrônicas entre o Brasil de Fato e a equipe de comunicação do Ministério Público, mantidas em arquivo pelo site, a reportagem procurou a instituição e enviou uma série de perguntas referentes ao tema na tarde desta quarta-feira (2), somente divulgando a notícia após recebimento da resposta oficial do órgão, que foi publicada na íntegra.
Um questionamento específico do Brasil de Fato constante na troca de mensagens é se o procurador-geral já havia encaminhado ou se encaminharia o pleito ao governo estadual, conforme prometera em reunião. Para essa pergunta, não houve qualquer resposta.
Após a publicação da reportagem, já nesta quinta-feira, o MPSP soltou nova nota oficial, que segue abaixo.
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