Vacina de Oxford é aprovada no Reino Unido

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Foto: Dado Ruvic/Reuters

O Reino Unido se tornou nesta quarta-feira (30) o primeiro país do mundo a aprovar a vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca.

A aprovação ocorre enquanto o país luta contra uma grande onda de Covid-19 causada por uma nova variante do vírus altamente contagiosa.

“O governo aceitou hoje a recomendação da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) para autorizar o uso da vacina da Universidade de Oxford com a AstraZeneca”, disse o Ministério da Saúde britânico. Essa determinação pode facilitar a aprovação do imunizante no Brasil.

Nessa segunda-feira (28), em entrevista à CNN, o vice-presidente de produção da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marco Krieger, falou sobre o processo de aprovação da vacina de Oxford no território brasileiro e disse que o cronograma está seguindo o planejamento inicial da fundação, que é de fazer o registro em janeiro de 2021.

A vacina da AstraZeneca recebeu a certificação de boas práticas de fabricação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 23 de dezembro. Com o certificado, o imunizante tem uma chancela maior do órgão para pedidos de uso emergencial.

No começo de dezembro, a Universidade de Oxford publicou o primeiro resultado revisado do terceiro e último teste clínico da sua vacina. Ela apresentou 70,4% de eficácia média contra a doença em pessoas com idade entre 18 e 55 anos. A revisão foi publicada na revista científica The Lancet. A imunização prevê a necessidade de duas doses da substância.

Os coordenadores do estudo conduziram os testes clínicos em dois grupos: um recebeu a primeira dose padrão seguida por uma vacinação de reforço (62,1% de eficácia) e o outro recebeu uma vacina de dose baixa seguida por uma vacinação de dose padrão (90% de eficácia). A eficácia média foi obtida com base nos dois grupos. O estudo ainda não conseguiu avaliar a eficácia da vacina nas pessoas com mais de 55 anos.

No dia 26 de novembro, a AstraZeneca já tinha informado que optou por fazer testes adicionais do imunizante após identificar um erro nas dosagens aplicadas a um grupo de voluntários. A farmacêutica reconheceu a ocorrência de um problema durante os testes clínicos, mas ressaltou ser algo sem importância para o desenvolvimento das pesquisas.

O que aconteceu foi o seguinte: a AstraZeneca anunciou que sua potencial vacina apresentou eficácia média de 70% na proteção contra o vírus, considerando testes de voluntários nas fases 2 e 3 dos estudos no Reino Unido e no Brasil.

No entanto, a farmacêutica destacou que as taxas variavam dependendo da quantidade de doses que certos grupos receberam. A eficácia observada foi de 62% entre os que foram vacinados com duas doses completas, e de 90% no grupo que recebeu uma dose inteira um mês depois de ter recebido meia dose.

Em um primeiro anúncio a respeito, a AstraZeneca disse que menos de 2,8 mil participantes receberam a dose pela metade, e cerca de 8,9 mil voluntários que receberam duas doses completas.

Os pesquisadores britânicos que lideraram os testes deveriam ter dado uma dose completa aos participantes, mas um erro de cálculo da dosagem fez com que alguns recebessem apenas metade.

CNN Brasil

 

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