Acusado de desvios na pandemia vai à praia de tornozeleira
Foto: Reprodução/Correio da Manhã
Um dos personagens centrais nas investigações sobre desvios na Saúde do estado do Rio em meio à pandemia de Covid-19, o ex-subsecretário executivo da área Gabriell Neves foi fotografado na praia de tornozeleira eletrônica. A foto, divulgada pelo jornal “Correio da Manhã”, circula nas redes sociais com mensagens de indignação pelo momento de lazer de Neves, apontado pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) por desvios na compra de respiradores inadequados para o tratamento de Covid-19 e também na contratação da Organização Social Iabas para a construção de hospitais de campanha que nunca foram entregues. O uso da tornozeleira é para que ele seja monitorado. Neves não está em prisão domiciliar.
Neves foi preso na operação Mercadores do Caos, em maio do ano passado, que investigou a compra emergencial de mil ventiladores pulmonares por R$ 67 milhões. Ele foi solto no começo de setembro, por ordem do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves, que passou a ser o relator de todas as ações envolvendo desvios na saúde do Rio durante a pandemia. A decisão determinou que Neves fosse monitorado com tornozeleira eletrônica, proibiu que ele tehha contato com outros investigados e que se ausente do Rio sem autorização judicial.
Segundo a delação do ex-secretário de Saúde Edmar Santos, Neves teria sido indicado para o cargo pelo Pastor Everaldo, preso desde agosto. De acordo com Edmar, Neves, nomeado em fevereiro do ano passado, teria passado a centralizar compras e contratos fraudulentos na Saúde estadual.
Antes de a foto na praia circular nas redes sociais, Gabriell Neves fez sua primeira aparição em público depois de ser solto ao prestar depoimento no tribunal misto que julga o processo de impeachment contra o governador afastado Wilson Witzel, em dezembro. Na ocasião, o ex-subsecretário de Saúde evitou responder questões relacionadas ao processo em que é réu. Ele não deu respostas a perguntas sobre relações com o empresário Edson Torres, apontado como operador do Pastor Everaldo, que o acusou de ser autor de desvios na Saúde, nem deu detalhes sobre as contratações e compras emergenciais.
Em outro depoimento, o ex-assessor especialda Subsecretaria de Gestão da Atenção Integral à Saúde Luiz Octávio Martins Mendonça afirmou que foi a chegada de Gabriell Neves à pasta, em fevereiro de 2020, que desorganizou as compras feitas pelo estado. Segundo ele, a partir de então, os técnicos deixaram de ser ouvidos nos processos de contratações de Organizações Sociais, compras e outros contratos firmados pela Saúde.
Em nota, a defesa de Gabriell Neves criticou a exposição do ex-subsecretário, que teria sido causada pela tornozeleira eletrônica. “O equipamento, enfim, parece ter cumprido sua precípua função, de estigmatizar e expor o seu portador, como se vê na invasiva fotografia. Apesar de sofrer o monitoramento, Gabriell sequer foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República e tem confiança na reparação dos excessos persecutórios de que vem sendo vítima”, diz a defesa.
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