Após Twitter, Facebook e Instagram bloqueiam Trump
Foto: Gage Skidmore/Flickr
O Facebook e o Instagram decidiram impor um bloqueio temporário nas contas oficiais de Donald Trump, que não poderão postar nada durante 24 horas. O Twitter, por sua vez, aplicou uma suspensão de 12 horas e exigiu a remoção de três tweets com fake news e incitação à violência. Enquanto isso, o Snapchat bloqueou o perfil do presidente dos EUA por tempo indeterminado.
Em comunicado, o Facebook disse: “avaliamos duas violações de política contra a página do presidente Trump, que resultarão em um bloqueio de recursos de 24 horas, o que significa que ele perderá a capacidade de postar na plataforma durante esse tempo”.
Adam Mosseri, chefe do Instagram, anunciou que esse bloqueio também vale para a conta de Trump na rede social.
Facebook e Instagram implementaram outras medidas que afetam os apoiadores de Trump. As duas redes estão removendo conteúdo que elogie ou apoie a invasão ao Capitólio dos EUA, incluindo vídeos e fotos dos manifestantes, porque “representam a promoção de atividades criminosas que violam nossas políticas”.
A empresa ainda promete combater posts que tentem organizar novas invasões do tipo nos próximos dias; além de banir movimentos sociais militarizados como os Oathkeepers e teorias da conspiração que induzam à violência, caso do QAnon.
O Snapchat também decidiu agir, bloqueando a conta de Trump e informando ao TechCrunch que a empresa vai monitorar a situação de perto antes de reavaliar a decisão – ou seja, o perfil ficará suspenso por tempo indeterminado.
O Twitter, por sua vez, exigiu a remoção de três tweets, incluindo um vídeo em que Trump alegava falsamente que havia ganhado a eleição presidencial de 2020. O perfil ficará bloqueado por 12 horas devido às repetidas violações de políticas, e corre risco de ser banido de vez.
Dan Scavino, vice-chefe de gabinete da Casa Branca, publicou no Twitter uma declaração atribuída a Trump: “embora eu discorde totalmente do resultado da eleição e os fatos me confirmem, haverá uma transição ordenada em 20 de janeiro”. Para o ex-apresentador do reality show O Aprendiz, este é “o fim do melhor primeiro mandato da história presidencial”.
Em um memorando aos funcionários do Facebook, acessado pelo New York Times, Mark Zuckerberg disse estar “entristecido com a violência da multidão”, e defende que “a transição pacífica de poder é crítica para o funcionamento de nossa democracia”.
O CEO do Google, Sundar Pichai, declarou em comunicado que “a ilegalidade e a violência que ocorrem no Capitólio são a antítese da democracia e nós a condenamos veementemente”.
Para o CEO da Apple, Tim Cook, o ataque ao Capitólio “marca um capítulo triste e vergonhoso na história de nossa nação”; ele afirma que os invasores devem ser responsabilizados, e que a transição para o governo de Joe Biden deve ser realizada.
O posicionamento de Satya Nadella, CEO da Microsoft, foi mais indireto: ele retuitou um post do diretor jurídico Brad Smith que clamou pela “defesa de nossa Constituição e de seus valores”.
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