Candidatos de Maia e Bolsonaro buscam traidores entre adversários

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Foto: Montagem com imagens da Câmara dos Deputados

As traições na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados já são explícitas. Nesta terça-feira, em viagem de campanha a Macapá e Belém, o candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL), foi acompanhado por Elmar Nascimento, parlamentar do DEM e ex-líder da legenda, e Celso Sabino, do PSDB do Pará. Os partidos de ambos, porém, já fecharam acordo com o adversário de Lira, Baleia Rossi (MDB-SP).

No Amapá, Lira conversou ainda com o governador Waldez Góes, do PDT, partido alinhado ao grupo de Rossi e do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O movimento é apenas um pequeno exemplo do esforço dos principais adversários em conquistar votos de dissidentes.

Em caráter reservado e a aliados, ambas as candidaturas afirmam já ter conquistado defecções em pelo menos dez partidos. Lira adota a estratégia de negociar “no varejo”, contando com o apoio de parlamentares individualmente. Já Baleia Rossi vem conseguindo obter vantagem com as lideranças e direções partidárias. Até agora, conseguiu montar um bloco maior.

Na ponta do lápis, apesar da existência de traições explícitas, há a tentativa dos dois lados de inflar o número de votos. Se fossem conjugadas as projeções, a Câmara teria mais de 513 deputados.

No grupo de Baleia, estão as duas maiores bancadas: o PT, com 52 parlamentares, e o PSL, com 53. Partidos de centro e de esquerda completam a lista: MDB, PSDB, DEM, PSB, PDT, PCdoB, Cidadania, PV e Rede. São 11 legendas com 278 deputados.

Já o bloco de Lira possui 195 parlamentares e forte presença do centrão. As maiores bancadas são as do PL, com 43 deputados, e do PP, com 40. Também estão no grupo Republicanos, Solidariedade, Pros, PSC, Avante e Patriota.

Segundo os aliados de Baleia Rossi, haverá traição de grande proporção no PSD, com defecção esperada de 15 deputados, além de PP, com 10 traições. Completam a lista Republicanos (7), PL (7) e Solidariedade (5). Já os apoiadores de Lira contam com o voto de parlamentares do PSL (28), PSDB (15), PSB (15), PDT (13) e DEM(10), além de parte do PT.

Nesta terça-feira, em Macapá, Lira ouviu de Waldez Góes a necessidade de o Congresso tratar em conjunto as políticas públicas para a Amazônia. Também falou sobre as dificuldades com a arrecadação dos fundos de participação de estados e municípios. Depois da reunião, Lira conversou com parlamentares. Além dos dissidentes presentes, era esperada a presença da deputada Professora Marcivania (PCdoB), que preferiu não contrariar a legenda. Ela não compareceu.

Em Belém, Lira esteve com o governador Helder Barbalho (MDB), além de reunir mais parlamentares. Um deles é Paulo Bengtson (PA), do PTB. A legenda do parlamentar ainda não definiu qual candidato irá apoiar. O presidente da sigla, Roberto Jefferson, trabalha, no entanto, para formalizar apoio ao candidato de Jair Bolsonaro.

— Vamos decidir na próxima semana, em reunião do partido, mas está bem dividido. Já decidimos que não haverá divisão, qual seja o rumo. Vamos seguir juntos.

No PSL, com 53 deputados, o presidente Luciano Bivar (PSL-PE) firmou uma aliança com Maia. Ele deve ficar com a primeira secretária ou primeira vice-presidência da Casa. Arthur, porém, tem 28 apoiadores no partido. Por serem maioria, poderiam impedir o apoio a Baleia. Mas 17 deputados bolsonaristas estão suspensos do partido até depois da eleição.

No ano passado, foi discutida a possibilidade de abreviar a suspensão. Como os deputados decidiram apoiar Lira, essa ideia se tornou inviável. Bivar disse ao GLOBO que irá processar por infidelidade partidária quem defender o voto abertamente em Arthur Lira ou articular por ele.

— O PSL vai fazer questão fechada. Quem votar contra ostensivamente corre risco de ser processado por indisciplina — afirmou.

No Solidariedade, com 13 deputados, há uma divisão interna. O presidente do partido, Paulinho da Força (SP), é a favor de migrar para o bloco de Baleia Rossi, para demonstrar independência em relação ao governo. Na bancada, porém, em reunião antes do Natal, havia maioria favorável a Arthur. O partido vai se reunir novamente na semana que vem. Mesmo ainda sem o apoio formal, o candidato de Maia tem votos na sigla.

Nesta quarta-feira, Baleia deve lançar sua campanha formalizando os apoios de partidos que recebeu até agora. Depois, na quinta, já começa a viajar. A agenda ainda não está definida. Está em estudo uma viagem para o Ceará, onde Baleia pode se encontrar com o senador Cid Gomes e seu irmão, Ciro Gomes, do PDT, e com o governador Camilo Santana (PT).

O Globo 

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