
Família de militante morta no capitólio culpa Trump
Foto: SHANNON STAPLETON / REUTERS
O cunhado de uma mulher morta durante a invasão de apoiadores de Donald Trump ao Congresso dos EUA disse que ele culpa o presidente pela rebelião na quarta-feira, e que apoia a sua destituição do cargo, a menos de duas semanas do fim do mandato.
Rosanne Boyland, de 34 anos, moradora de Kennesaw, na Geórgia, foi uma dos quatro civis que morreram no tumulto, de acordo com a polícia de Washington. Um soldado da polícia do Capitólio também morreu após ficar ferido no tumulto.
A polícia não revelou a causa da morte de Boyland.
No entanto, Justin Winchell, um amigo que foi junto de Boyland ao comício de Trump logo antes da invasão e marchou com ela até o Capitólio, disse a uma TV de Atlanta que ela foi pisoteada até a morte pela multidão quando os manifestantes entraram em confronto com a polícia do Capitólio.
— Eu coloquei meu braço debaixo dela, e estava a puxando para fora, tentando tirá-la, e então outro cara caiu em cima dela e outro cara a pisoteou — disse. — Quero dizer, pessoas foram esmagadas.
Segundo amigos e família, assim como muitos outros invasores já reconhecidos, Boyland era adepta da teoria da conspiração QAnon. Adeptos do grupo, que surgiu em um fórum anônimo conhecido pelo conteúdo extremista na internet e atraiu adeptos no Partido Republicano, acreditam na teoria absurda de que o Partido Democrata é composto por pedófilos satanistas, e planejaram o ataque ao Capitólio durante semanas na internet.
Antes da invasão, Boyland foi fotografada caminhando pelas ruas de Washington carregando uma bandeira da era da Guerra da Independência que mostra uma cascavel de madeira enrolada e pronta para atacar, ameaçando: “Não pise em mim”.
O cunhado de Boyland, Justin Cave, disse a um jornal de Atlanta que sua mulher, a irmã de Boyland, tentou convencê-la a não comparecer ao comício de Trump.
Segundo Cave, Boyland era “apaixonada por suas crenças” e apoiava Trump, disse ele à Fox.
—Eu nunca fui alguém envolvido em política, mas minha convicção pessoal é que as palavras do presidente incitaram uma rebelião que matou quatro de seus maiores fãs na noite passada, e acredito que devemos invocar a 25ª Emenda neste momento — disse Cave.
Amigos e família dizem que Boyland se consumiu com as teorias da conspiração e ódio por Biden, e lamentaram não ter conseguido a tirar deste caminho.
— Espero que este seja um alerta para todos, preste atenção em seus amigos — disse a amiga Sarah Lewis. — Todos nós a vimos cair e seguir nesse buraco sem saída. Posso dizer que ela teve alguns demônios (no passado) e teve alguns problemas, mas ela tinha achado seu propósito de vida em cuidar de suas sobrinhas, e era boa com elas. E ela era muito boa com meus filhos… Não sei por que ela fez isso, não faz muito sentido, se você a conhece, sabe como isso faz pouco sentido .
Um porta-voz da Casa Branca não respondeu a um pedido de comentário sobre a morte de Boyland.
Questionado se Trump era o culpado pela morte de seu amigo, Winchell, o amigo da mulher que foi com ela ao protesto, disse:
— Ele tem sangue nas mãos? Não!
Trump insuflou seus apoiadores a irem a Washington para um protesto na quarta-feira, o dia em que a Câmara e o Senado dos EUA deveriam certificar sua derrota eleitoral para Joe Biden. Então disse a eles para caminharem até o Capitólio “para lutar”, acrescentando que seria “selvagem”.
De acordo com a 25ª Emenda, um presidente pode ser destituído à força do poder se o vice-presidente e a maioria dos membros do gabinete concordarem que o presidente está inabilitado para o cargo. Os líderes democratas no Congresso pediram um processo de impeachment imediato se o vice-presidente Mike Pence e o Gabinete de Trump não conseguirem tirar Trump do poder.
A polícia de Washington disse na quinta-feira que três outros civis morreram nos distúrbios.
Ashli Babbitt, de 35 anos, morreu vítima de um tiro, após tentar cruzar uma barricada para acessar o salão onde deputados se refugiavam. devido a um ferimento à bala em um tiroteio pela Polícia do Capitólio que estava sendo investigada pela polícia de DC. Babbitt, uma veterana da Força Aérea dos Estados Unidos, se tornou adepta de teorias da conspiração da direita, como o QAnon.
A polícia de Washington também disse que Kevin Greeson, 55, do Alabama, e Benjamin Phillips, 50, da Pensilvânia, morreram após passar por emergências médicas.
Um comunicado divulgado pela família de Greeson à mídia local disse que o motociclista havia sofrido um ataque cardíaco.
Em redes sociais, ele postava mensagens agressivas, defendendo teorias da conspiração e punições contra políticos adversários de Trump, e fotos com armas
“Kevin foi um defensor do presidente Trump e compareceu ao evento em 6 de janeiro para mostrar seu apoio. Ele estava animado por estar lá para vivenciar este evento”, disse a declaração de sua família, de acordo com o jornal The News Courier em Atenas.
Phillips, um programador de computador, morreu de derrame, relatou o Philadelphia Inquirer.
Também morreu o oficial da Polícia do Capitólio Brian Sicknick, de 40 anos, que sofreu um derrame após ferimentos sofridos “enquanto se atracava fisicamente com manifestantes”, disse o departamento.
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