Mesmo com colapso, governo não queria adiar Enem no AM
Foto: Carlos Cecconello/Folhapress
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) negou um pedido que havia sido feito pelo governo federal para manter, na data deste domingo, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Amazonas. Entretanto, atendeu ao requerimento subsidiário solicitado pela Advocacia-Geral da União (AGU), para que, em caso de adiamento, fossem fixadas novas datas para fevereiro.
A primeira prova do Enem ocorreria neste domingo, mas uma decisão judicial de primeira instância suspendeu a aplicação, diante da nova onda de casos de covid-19, que colapsaram o sistema de saúde local e levaram à morte dezenas de pacientes por falta de oxigênio. As novas datas são 23 e 24 de fevereiro, de acordo com o TRF-1.
Após a decisão de primeiro grau, a AGU recorreu à segunda instância, alegando “dano irreparável” aos 160 mil estudantes amazonenses que se inscreveram no Enem, almejando vagas em universidades públicas ou bolsas em instituições privadas de ensino.
O desembargador Ítalo Mendes não acolheu os argumentos da AGU sobre a suspensão do adiamento, mantendo a decisão de primeira instância. Por outro lado, entendeu razoável a segunda opção, determinando que o Ministério da Educação (MEC) tome providências junto ao governador do Amazonas, Wilson Lima, para que as novas provas sejam aplicadas em fevereiro.
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