PF passou 2020 correndo atrás de fraudes na pandemia
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A Polícia Federal fechou o ano de 2020 com um total de 65 operações deflagradas contra desvios de verbas para combate à Covid-19, o equivalente a 20% das ações que os agentes levaram às ruas no ano passado (315, ao todo). As investigações envolveram contratos que, somados, chegam a ao menos 2 bilhões de reais.
Antes de deixar em abril de 2020 o comando do Ministério da Justiça e acusar o presidente Jair Bolsonaro de interferência na PF, uma das últimas medidas de Sergio Moro foi, justamente, determinar a criação de um grupo dentro da instituição para apurar fraudes em contratos relacionados ao combate do novo coronavírus. Uma portaria de 17 de abril instituiu, então, o Grupo Especial de Combate à Corrupção e ao Desvio de Recursos Públicos (GECOR/COVID-19).
A maior parte das ações mirou prefeituras, mas as mais rumorosas foram as relativas aos governos estaduais, entre elas, a que levou ao afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), por ordem do ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em agosto de 2020. Ele já havia sido alvo da Operação Placebo em maio. Em meio às acusações, Witzel disse que o presidente Jair Bolsonaro usava a PF como instrumento de perseguição política. Além dele, foram alvos os governadores do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e do Pará, Helder Barbalho (MDB).
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