TSE divulga auditoria que referenda lisura das eleições

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Foto: Dida Sampaio / Estadão

A empresa contratada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fazer a auditoria externa nas eleições municipais de 2020 entregou os relatórios com a conclusão das perícias. Os documentos descartam irregularidades na votação eletrônica.

“Não foi identificada nenhuma situação que comprometesse a transparência e confiabilidade da votação eletrônica”, concluem os balanços do Grupo Maciel Auditorias, vencedor da licitação aberta no ano passado.

Elaborados entre os dias 18 de novembro e 9 de dezembro, os relatórios somam 592 páginas (leia a íntegra). Eles foram divididos por Estado e turno de votação e detalham os resultados dos vinte pontos de validação testados na chamada ‘votação paralela’ – uma espécie de simulação para verificar a segurança das urnas feita pela Justiça Eleitoral no mesmo dia e horário da votação oficial.

Normalmente, o procedimento é feito nas sedes dos Tribunais Regionais Eleitorais, por uma comissão de servidores, e acompanhado pelo juiz da sessão e por representantes de partidos políticos, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público. A função da auditoria é atestar e fiscalizar o trabalho.

Conforme determinado pelo TSE, são selecionadas, por meio de sorteio, urnas eletrônicas de cada unidade da Federação já preparadas para eleições oficiais. Os equipamentos são retirados do local de votação na véspera da eleição e levados ao endereço escolhido para a testagem na votação paralela. No local, após a simulação, os auditores realizam a contagem manual e confrontaram os dados com os votos apresentados no sistema informatizado e na zerésima da urna.

“A grande vantagem dessa auditoria é que se consegue demonstrar, para eleitores sem conhecimentos específicos em tecnologia, a fidedignidade da votação na urna eletrônica de forma clara e transparente, evidenciando o funcionamento e a segurança dessas máquinas”, disse, em nota, o Tribunal Superior Eleitoral após divulgar os relatórios.

A conclusão da auditoria foi tonada pública pelo tribunal na segunda-feira, 11, dias após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltar a colocar em dúvida a segurança do sistema eleitoral brasileiro. Em declaração a apoiadores, na esteira da invasão ao Capitólio por extremistas inconformados com a derrota de Donald Trump nos Estados Unidos, Bolsonaro afirmou que, se não houver voto impresso em 2022, o Brasil pode ter um ‘problema pior’.

Estadão

 

 

 

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