Após terraplanistas, porta-vozes de ETs chegam ao Brasil
Foto: Gui Prímola/Metrópoles
David Uzal morava em Nova York quando o filme “Independence Day” foi lançado, em 1996. O longa ganhou uma continuação 20 anos depois, e mostra gigantescas naves alienígenas invadindo a Terra e transformando em escombros as cidades mais importantes do planeta.
Uzal não gostou nem um pouco do que viu, e soltou uma nota à imprensa. Esclareceu que ETs jamais fariam algo como aquilo caso viessem nos visitar. Isso porque, na visão dele, os alienígenas não são malvados como, em regra, a ficção gosta de retratá-los.
Pelo contrário: a religião raeliana (ou movimento raeliano), da qual Uzal é o representante oficial para a América do Sul, acredita que extraterrestres criaram toda a vida existente na Terra. E não o fizeram por meio de poderes místicos ou sobrenaturais. Contaram com a ciência e a tecnologia.
“Usaram DNA e engenharia genética avançada para criar todas as formas de vida, a começar por organismos simples e, à medida que a sua ciência progredia, criaram organismos mais complexos, como plantas, animais e, eventualmente, seres humanos, à sua imagem”, explica a versão em português do site da religião. Não por acaso, os raelianos se definem como uma “religião ateia”.
Há anos, eles tentam concretizar um passo essencial na crença que compartilham: construir uma embaixada para acolher os seres de outros planetas que voltarão à Terra. Israel sempre foi o principal candidato a receber a edificação. Mas, como as negociações com o governo israelense não têm dado resultado, o Brasil virou forte candidato a ceder quatro quilômetros quadrados de seu território aos raelianos. Ao menos, é o que conta David Uzal.
“O Brasil é o primeiro grande país a responder ao nosso pedido de uma forma bastante alentadora e positiva”, revela o líder raeliano. Ele prefere não contar com qual autoridade brasileira exatamente o movimento conversou, nem divulgar detalhes. Garante, contudo, que já há uma negociação em andamento e uma apresentação pública sobre a embaixada marcada para abril, em Brasília.
A construção teria 132 metros de comprimento e 49 metros de largura. Abarcaria uma “sala de boas-vindas”, uma “câmara asséptica”, uma sala de conferências, uma área de residência com salas e quartos, um refeitório e uma pista de pouso para aeronaves.
“Como mostra o documento apresentado aos vários governos abordados, a Embaixada dos Nossos Pais do Espaço trará benefícios financeiros substanciais para o país que a acolhe. A nação afortunada também desfrutará da proteção especial do Elohim e tornar-se-á o centro espiritual e científico do planeta durante milênios”, sustenta o movimento no site criado para divulgar o projeto (http://elohimembassy.org/).
Por embaixada, entenda-se uma representação oficial. Os raelianos querem uma licença de extraterritorialidade igual às conferidas às embaixadas dos países. Ou seja, não é apenas levantar um prédio. É preciso levar em conta uma série de questões legais aplicadas às representações diplomáticas.
A Venezuela também está no páreo para receber a embaixada, diz Udal. Os raelianos admiram Nicolás Maduro por ele ser “anti-imperialista”. Já o presidente Jair Bolsonaro ganhou o respeito deles por sua luta contra a “ditadura sanitária”, ou seja, sua pregação contra praticamente todas as medidas de combate à pandemia de Covid-19.
“São os dois melhores candidatos do continente. O engraçado é que, na Venezuela, nos chamam de chavistas. No Brasil, há quem nos acuse de sermos bolsonaristas”, diz David Uzal. “Somos uma organização de pensamento livre. Apoiamos a Venezuela por sua relação de independência com os Estados Unidos. E apoiamos o presidente brasileiro pela sua postura em defesa da liberdade individual. Até já pedimos à ONU para que o direito a viver sob risco seja incluído entre os direitos humanos.”
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