França veta acordo da UE com Mercosul
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A França anunciou nesta quinta-feira, 4, que não assinará o acordo comercial entre a União Europeia e os países do Mercosul “nos termos atuais”.
O ministro do Comércio Exterior francês, Franck Riester, disse que espera garantias “tangíveis” dos quatro países em questão “sobre meio ambiente e normas sanitárias”.
“Não ficaremos satisfeitos com uma declaração política sobre compromissos ambientais dos quatro países envolvidos (Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai)”, afirmou Riester, após uma reunião do comitê de monitoramento de política comercial.
Na quarta-feira, o governo francês já havia dito que “não cederá” às demandas em relação ao Mercosul, levantadas pela primeira vez em setembro passado. A posição oficial é que o país está trabalhando para “combater o desmatamento” na Amazônia, “implementar o Acordo de Paris” sobre mudanças climáticas e “respeitar as normas europeias sobre produtos agroalimentares”.
Em setembro passado, o primeiro-ministro francês, Jean Castex, disse que era necessário refletir sobre o acordo comercial entre as duas regiões. Segundo o governo, “este processo demorará algum tempo”, reiterando que não haverá progresso até que as condições definidas “sejam alcançadas de forma credível, duradoura e verificável.
Em janeiro, o presidente Emmanuel Macron já havia anunciado que seu país iria iniciar a produção de soja na Europa, porque “depender da soja brasileira é endossar o desmatamento da Amazônia”. Ele tem criticado as políticas ambientais do governo de Jair Bolsonaro desde 2019, chamando as queimadas na floresta tropical de crise internacional – ao que o brasileiro respondeu que o francês refletia a mentalidade “colonialista” do passado.
Riester, o primeiro-ministro português António Costa e o presidente argentino Alberto Fernández – presidentes do Conselho da União Europeia e do Mercosul, respetivamente – fizeram uma reunião na quarta-feira, e os dois dirigentes acordaram num “esforço coordenado” para avançar as negociações no primeiro semestre deste ano.
O acordo entre foi fechado em julho de 2019, após vinte anos de negociações. Sua ratificação deverá passar pelo Parlamento Europeu e pelos Congressos de cada país do Mercosul, mas está suspensa devido a alguns assuntos pendentes. Além das questões ambientais, listas de indicações geográficas, que abrangem produtos com denominação de origem, causam entraves.
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