Vacina de Oxford é a segunda a ter aval da OMS
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou nesta segunda-feira, 15, o uso emergencial da vacina de Oxford-AstraZeneca contra a Covid-19. Essa é a segunda vacina aprovada pela agência especializada em saúde, subordinada à Organização das Nações Unidas (ONU), para um imunizante nesta pandemia. O primeiro foi o da Pfizer-BioNTech, em 31 de dezembro.
Duas versões do imunizante entraram na lista de uso emergencial do órgão: a produzida pela própria AstraZeneca-SKBio, na Coreia do Sul, e a produzida pelo Instituto Serum, na Índia. “Apesar de ambas as empresas estarem produzindo a mesma vacina para a Covid-19, como elas são feitas em plantas de produção diferentes, precisaram de revisões e aprovações diferentes”, explicou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
A aprovação possibilita a distribuição do imunizante pelo Covax Facility, iniciativa da OMS para acesso equitativo às vacinas. A estimativa é que a distribuição comece no final de fevereiro. O Brasil deve receber 10.672.800 de doses prontas da vacina produzidas pela planta AstraZeneca-SKBio no primeiro semestre deste ano. O país comprou do consórcio 42,5 milhões de doses que devem ser entregues até o final do ano. De acordo com o Ministério da Saúde, nesta primeira etapa, as vacinas chegarão ao país entre fevereiro e junho, em duas entregas, sendo a primeira com mínimo de 25% de doses.
Na última terça-feira, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma resolução que dispensa o registro e a autorização de uso emergencial das vacinas adquiridas pelo Ministério da Saúde no Covax Facility. O objetivo da decisão é reduzir a duplicação de esforços regulatórios, garantindo a disponibilização de vacinas que tenham passado por avaliação regulatória equivalente à desempenhada pela Anvisa.
Na semana passada, o Sage, grupo de especialistas da organização responsável por recomendações sobre vacinas, divulgou orientações de uso da vacina de Oxford. O grupo disse que a vacina é recomendada para pessoas a partir de 18 anos de idade, sem limite de idade. Gestantes em alto risco de contrair a infecção também podem utiliza-la, mediante recomendação médica. A OMS ainda confirmou que a vacina deve continuar a ser aplicada em países em que há circulação de novas variantes.
De acordo com a organização, o processo de inclusão de uma vacina na lista de produtos autorizados para uso emergencial pode ser realizado rapidamente se os fabricantes enviarem todos os dados exigidos pela OMS em tempo hábil. No caso das duas vacinas AstraZeneca/Oxford, o processo demorou menos de quatro semanas.
Outros imunizantes, incluindo a CoronaVac e a vacina da Moderna, estão em processo de aprovação pela OMS.
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