Wassef diz que continua advogado de Flávio Bolsonaro

Todos os posts, Últimas notícias

Foto: Reprodução/ O Globo

Sete meses depois anunciar que deixaria a defesa Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) no caso das “rachadinhas”, o advogado Frederick Wassef afirmou que nunca se afastou das ações que envolvem o senador. Wassef recebeu a reportagem ao lado do filho 01 de Jair Bolsonaro em um hotel em Brasília, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anular a quebra de sigilo de seu cliente nesta terça-feira (23). Ele foi o autor do habeas corpus julgado hoje.

Em clima de comemoração, Wassef e Flávio passaram a tarde concedendo uma série de entrevistas para comentar a vitória na corte. Ao GLOBO, Flávio disse que “não se considera mais denunciado” e Wassef afirmou que o caso “volta à estaca zero”. Questionado se ainda frequenta o Palácio do Planalto e se segue na defesa do presidente Jair Bolsonaro, Wassef preferiu o silêncio.

— Não me manifestarei sobre nada disso. Não pergunte que a entrevista vai parar por aqui. Só vou dizer o seguinte. Sou advogado do senador e não deixei de ser, respondeu.

Wassef apareceu na videoconferência do julgamento da Quinta Turma do STJ ao lado da advogada Nara Nishiwaza, que integra sua equipe. Essa foi a primeira aparição pública de Wassef como advogado de Flávio após o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz ter sido preso em seu imóvel em Atibaia (SP), em junho. Foi em meio a repercussão da prisão que Wassef anunciou seu afastamento da família presidencial.

— Ninguém me mandou embora, foi uma decisão minha. Eu sai do PIC (processo de investigação criminal), mas nunca deixei de ser (advogado de Flávio). Esse habeas corpus é de autoria minha. Simples assim. Isso justifica porque estou do lado dele. — afirmou Wassef, que emendou: — Não sou leproso, mão sou criminoso.

A vitória no STJ teve um gosto especial para Wassef, que trava uma disputa com outros advogados que atuam para o clã Bolsonaro.

As principais provas contra o senador no processo das “rachadinha” foram obtidas por meio da quebra de seu sigilo bancário. Em novembro, ele foi denunciado com mais 15 pessoas pelos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Flávio Bolsonaro é acusado de liderar um esquema de devolução de parte dos salários de funcionários de seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O esquema, segundo o MP, era operador pelo seu ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz.

— Hoje vocês podem escrever que o senhor Flávio Bolsonaro não é mais denunciado pelo MP do Rio – diz Wassef. – Tudo que tem na denúncia vai cair por decisão judicial. Ela não vai poder ser usada. Ou não será recebida ou será considerada nula por si só e terá que começar a brincadeira tudo de novo – complementa.

A avalição de integrantes do MP é que a falta de fundamentação usada pelo STJ para anular as quebras de sigilo pode ser reparada. O caminho seria os investigadores apresentarem um novo pedido de quebra ao Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio, esfera responsável por julgar o senador. Flávio, porém, está confiante que os dados não voltarão a integrar o caso Queiroz.

— Com base nessa decisão, sobra muito pouco no processo, não tem nada. O que aconteceu hoje esvazia ainda mais o processo. Não vejo alternativa a não ser o MP do Rio pedir o arquivamento. – disse Flávio.

Mais uma vez o filho 01 do presidente negou estar envolvido em um esquema de rachadinha em seu gabinete na Alerj, mas não foi explícito para isentar Queiroz.

— Da minha parte é zero – disse o senador, ao ser interrompido por Wassef. O advogado nega que os depósitos revelados em quebras de sigilo de ex-funcionários do gabinete comprovam o esquema de rachadinha.

— Eu fiquei sabendo, porque no Rio todo mundo comenta, tem caso que é empréstimo, tem caso que é pirâmide financeira, tem caso que é para contratar outro funcionário, tem caso que é pra comprar, tem todo tipo de coisa. Como vamos apurar a circunstância de cada movimento e de cada coisa? — disse Wassef.

O advogado, apesar de não representar Queiroz nos autos, saiu em defesa do ex-assessor e disse que sua prisão é ilegal.

— Queiroz não tem nada a ver com o Flávio, não tem nada a ver comigo e nada a ver com essa decisão. Os nosso habeas corpus não têm qualquer vínculo com o Queiroz. Mas existe um hc do Queiroz que, se apenas lerem, ele vai para rua —afirmou. Wassef nega mais uma vez que mantém contato com o ex-assessor.

— Nunca falei com Queiroz, nem na época que ele usava a minha propriedade de vez enquando. O Queiroz nunca deu num telefone para mim, nunca teve uma troca de mensagens, eu não sabia quando ele entrava ou saía, eu não monitorava, não me interessava a vida dele. Eu não namorava, não tinha uma relação amorosa com Queiroz, não tinha ataque de ciúmes dele – diz.

O Globo

 

 

O blogueiro Eduardo Guimarães foi condenado pela Justiça paulista a indenizar o governador João Doria em 20 mil reais. A causa foi um erro no título de matéria do Blog da Cidadania. O processo tramitou em duas instâncias em seis meses DURANTE A PANDEMIA, com o Judiciário parado. Clique na imagem abaixo para ler a notícia

Quem quiser apoiar Eduardo e o Blog da Cidadania pode depositar na conta abaixo.

CARLOS EDUARDO CAIRO GUIMARÃES
BANCO 290 – PAG SEGURO INTERNET SA
AGÊNCIA 0001
CONTA 07626851-5
CPF 100.123.838-99

Eduardo foi condenado por sua ideologia. A ideia é intimidar pessoas de esquerda. Inclusive você. Colabore fazendo um ato político, ajudando Eduardo com qualquer quantia.