Cem mil pessoas furtaram identidade de mortos para tomar vacina
Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
Cerca de mil pessoas usaram a identidade de pessoas mortas para furar a fila de vacinação contra a covid-19. O número de falecidos entre os brasileiros imunizados foi levantando por técnicos da Controladoria-Geral da União (CGU) em um cruzamento de banco de dados.
Até agora, segundo dados do Ministério da Saúde, foram aplicadas mais de 13 milhões de vacinas, entre primeira e segunda dose.
O órgão também identificou indícios de fraudes com pessoas abaixo da idade dos grupos prioritários e outras que se imunizaram se passando por profissionais de saúde. Por enquanto, os casos são tratados como suspeitos e nenhuma medida será tomada imediatamente.
A CGU deve iniciar nos próximos dias uma campanha de conscientização para evitar outros casos de “fura-fila” com a chegada das novas doses dos imunizantes. O objetivo é alertar a população que a fiscalização está sendo feita.
Até abril, o governo Bolsonaro promete disponibilizar 97 milhões de doses de diferentes farmacêuticas. O ministro Eduardo Pazuello, que está de saída do comando da Saúde, anunciou 562 milhões de doses de vacinas em 2021.
O governo federal analisa o caso e verifica os registros no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI). O ministro Wagner Rosário afirmou nesta sexta-feira no Twitter que as irregularidades alcançam, no máximo, 0,5% dos casos.