Ernesto Araújo sobre Pazuello: “magnífico!”

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Foto: Reprodução

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, elogiou nesta quarta-feira (24/3), em sessão remota do Senado Federal, o trabalho do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello no combate à pandemia do novo coronavírus. “Trabalho magnífico”, resumiu o chanceler.

Ernesto Araújo iniciou sua fala ressaltando o “maravilhoso clima” da reunião entre o governo federal e demais poderes realizada na manhã desta quarta. No encontro, ficou definida a criação de um comitê nacional de enfrentamento à pandemia. “Maravilhoso clima que vivemos hoje nessa reunião desta manhã”, disse.

De acordo com o chanceler, os esforços do governo federal “permitem a vacinação da totalidade da população brasileira até o fim do ano”. “Já existe o planejamento. Isso faz parte de uma estratégia. Isso é o resultado de uma estratégia que começou a ser montada no ano passado, centralizada no Ministério da Saúde. Gostaria de fazer uma referência especial ao trabalho do então ministro Eduardo Pazuello, com quem trabalhei muito junto nessa área. Foi um trabalho magnífico na montagem dessa estratégia”.

O ministro defendeu que o país já obteve, com governos estrangeiros, mais de 30 milhões de doses para aplicação, das quais 14 milhões de imunizantes já foram aplicados. Do total, são 25 milhões de unidades Covaxx e cinco milhões da AstraZeneca, conforme informado por Araújo.

“Desses cinco milhões, quatro chegaram de duas levas da Índia e um milhão foi produzido pela Fiocruz a partir do ingrediente farmacêutico ativo importado da China”, explicou o ministro, afirmando que o IFA importado será usado na produção de outras duas milhões de doses.

Ele negou que o processo de produção de imunizantes no Brasil sofra de retaliações externas e falta de insumos. “Nenhuma questão política está impedindo nenhum tipo de importação, seja de vacinas, seja de insumos”, enfatizou.

Na abertura da reunião de debates temáticos, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), questionou a atuação da pasta chefiada por Araújo na aquisição de vacinas.

“O fornecimento das vacinas no Brasil está aquém do esperado. [A escassez de imunizantes] Nos colocou em situação de extrema vulnerabilidade”, disse.

Pacheco afirmou que a Casa estará disposta a participar de “todos os esforços no sentido de buscar soluções para o enfrentamento do difícil momento que o país apresenta”. Segundo o presidente, o país enfrenta cenário caótico e “de sofrimento”.

Pacheco também mandou um recado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). “Presidente da República não pode se furtar a esta obrigação nacional republicana e constitucional de conduzir os destinos da nação de grave crise social, política, econômica e sobretudo humanitária.”

Na Câmara dos Deputados, o chanceler afirmou, mais cedo, que conversa com os Estados Unidos para a aquisição de excedentes da vacina contra a Covid-19 e de “kit intubação”, sem dar detalhes sobre negociações ou eventuais prazos de recebimento.

O movimento de Araújo ocorre após alguns atores brasileiros articularem com norte-americanos para adquirir imunizantes.

O presidente Joe Biden anunciou que doaria os excedentes após imunizar a população do país. “Há boa perspectiva de que tenhamos isso [insumos de intubação e máquinas de oxigênios] proximamente. Também há perspectiva de que tenhamos vacinas dos EUA, mas isso pode demorar por causa dos excedentes”, afirmou Araújo, durante reunião na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

Na última semana, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez aceno a Biden, em entrevista à CNN, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), enviou carta à vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, por excedentes de vacinas.

Metrópoles