Presidente da Câmara pautará voto impresso

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Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 11, que o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL) vai pautar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê a adoção do voto impresso no Brasil. Bolsonaro defende a mudança do processo eleitoral e já acusou o atual sistema de fraude, sem nunca ter apresentado nenhuma prova ou indício de qualquer irregularidade.

Durante sua live, o deputado Victor Hugo (PSL-GO) – que disse ver boas chances de Bolsonaro retornar ao PSL – afirmou que a comissão especial para tratar do assunto deve ser oficializada nos próximos dias.

“Eu acredito que ela (comissão) deva ser instalada brevemente. Eu conversei com o Arthur Lira sobre isso daí. Não tem por que ele ser contra isso daí, né? Ele se mostrou bastante simpático. O Arthur Lira está sendo um grande aliado de todos os deputados e também do presidente da República, diferentemente do que acontecia com o último presidente”, comentou Bolsonaro. Lira venceu a eleição na Câmara, em 1.º de fevereiro, com apoio do Palácio do Planalto.

“Quem tem medo do voto auditado?”, perguntou ele. “Se a urna eletrônica é boa e confiável, por que até dentro do Supremo tem gente contra isso daí?”.

O tema é recorrente nas manifestações do presidente. Em 7 de janeiro, um dia após a sede do Legislativo dos Estados Unidos, o Capitólio, ser invadida por extremistas que não aceitavam a derrota de Donald Trump, Bolsonaro voltou a colocar em dúvida o sistema eleitoral brasileiro. Numa conversa com apoiadores, o presidente disse que, se não houver voto impresso em 2022, o Brasil pode ter um “problema pior” que o registrado nos EUA, palco de um ato violento que terminou com quatro mortos e 52 presos.

Na ocasião, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) repudiaram a tese de fraude. “Qual foi o problema (nos Estados Unidos)? Falta de confiança no voto. Então lá, o pessoal votou e potencializaram o voto pelos correios por causa da tal da pandemia e houve gente que votou três, quatro vezes, mortos votaram”, disse Bolsonaro na ocasião. “Se nós não tivermos o voto impresso em 2022, uma maneira de auditar o voto, nós vamos ter problema pior que os Estados Unidos”.

Em 9 de março do ano passado, o presidente afirmou que apresentaria provas de que as eleições de 2018 foram fraudadas para que ele não vencesse no primeiro turno, mas nunca o fez. Presidente da Corte eleitoral, o ministro Luís Roberto Barroso cobrou responsabilidade. “Se alguma autoridade possuir qualquer elemento sério que coloque em dúvida a integridade e a segurança do processo eleitoral tem o dever de apresentá-lo. Do contrário, estará apenas contribuindo para a ilegítima desestabilização das instituições”, disse Barroso.

Estadão

 

 

 

 

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