Bolsonaro diz que imprensa não o chama de “boiola”
Foto: Pablo Jacob
Numa noite em que não usou máscara, Jair Bolsonaro jantou com 25 empresários em São Paulo e, num discurso de cerca de dez minutos, praticamente não falou de vacinas. O foco foi a crítica ao lockdown, repetindo os argumentos que costuma usar em suas falas recentes, inclusive nas críticas que faz aos governadores.
Bolsonaro foi aplaudido duas vezes durante sua fala. Primeiro, quando reafirmou que o teto de gastos é intocável. E depois quando elogiou Paulo Guedes e brincou com o ministro da Economia:
— Se o Paulo Guedes deixar o governo, vou pedir uma pensão, porque nossa relação já é de uma união estável.
Em seu discurso, Bolsonaro, que não falou nem em reforma administrativa e nem reforma tributária, também reclamou da imprensa num jeitão Bolsonaro de ser:
— Falam mal de tudo que eu faço. A única coisa que a imprensa ainda não disse de mim é que eu sou boiola.
Antes de Bolsonaro falar, empresários e banqueiros, como Luiz Carlos Trabuco (Bradesco) e André Esteves (BTG Pactual) discursaram. O tom dos discursos (curtos, de cerca de cinco minutos) dos empresários foi o de “não realçar os erros do passado e olhar para frente”, conforme um relata um dos presentes”. Nenhum empresário elogiou o governo, mas tampouco se ouviram críticas.
Na mesa principal, a que estava evidentemente Bolsonaro, se sentaram também os ministros Paulo Guedes e Fabio Faria; o presidente do BC, Roberto Campos Neto; os empresários Carlos Sanchez (EMS), José Isaac Peres (Multiplan), Rubens Menin (MRV e CNN), Rubens Ometto (Cosan)e Paulo Skaf; os banqueiros André Esteves (BTG) e Luiz Carlos Trabuco; e o anfitrião Washington Cinel.
Ao contrário de Bolsonaro, Marcelo Queiroga circulou o tempo inteiro de máscara. Em dado momento, antes do jantar, Queiroga ouviu de Bolsonaro uma pergunta em tom de gozação: “Ô Queiroga, tá de máscara? Tira a máscara, caralho”, numa espécie de sugestão para abandonar o equipamento. Queiroga respondeu, rindo: “tenho que dar o exemplo. Para com essa mania de querer desmascarar as pessoas”. E ficou como estava.
Os empresários chegaram todos de máscaras, e com elas ficaram um bom tempo. Mas aos poucos um e outro foi tirando a máscara no coquetel que precedeu o jantar.
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