Centro-direita sem votos volta a se reunir nesta semana
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Pela primeira vez desde o lançamento do manifesto conjunto em defesa da democracia, em 31 de março, quatro dos seis signatários do documento e todos políticos dispostos a enfrentar o presidente Bolsonaro nas urnas se reúnem esta semana para um debate público. João Dória, governador de São Paulo, Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, Ciro Gomes, ex-ministro da Fazenda, e Luciano Huck, apresentador de televisão, além de Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo participarão de uma live batizada de Futuro do Brasil, que ocorrerá neste sábado, às 19h. Ausentes da lista dos que assinaram o manifesto Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, e João Amoêdo, presidente do Novo.
A novidade será a participação do petista, Fernando Haddad, vista como uma sinalização de eventual recuo estratégico do ex-presidente Lula, cujo retorno ao cenário eleitoral acelerou a mobilização das correntes de centro e centro-esquerda. Nenhum representante do PT assinou o manifesto em defesa da democracia, distribuído na mesma data em que o então novo ministro da Defesa, general Braga Neto, divulgou nota em comemoração ao movimento de 1964 que iniciou o regime militar no Brasil.
O encontro virtual é visto como primeiro teste público da mobilização dos presidenciáveis, que visa buscar uma terceira via à eventual polarização eleitoral entre Bolsonaro e Lula, em 2022. A iniciativa surge a partir da percepção de que tanto o presidente quanto o petistas agregam cerca de 30% de eleitorado fiel, restando uma importante margem de eleitores de centro a serem disputados, capazes potencialmente de promover uma guinada no resultado de 2022. A dificuldade, no entanto, está na consolidação de uma cabeça de chapa dentro do grupo de pré-candidatos, todos com tragetória e pontos de vista inconciliáveis sob vários aspectos.
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