Ciro ataca invasão de rádio em Pernambuco
Foto: Reprodução
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) usou suas redes sociais nesta quinta-feira, dia 8, para condenar a invasão a uma rádio em Pernambuco na terça-feira, quando homens entraram no estúdio reclamando, em tom de ameaça, do locutor que havia criticado a forma como o presidente Jair Bolsonaro vem lidando com a pandemia da Covid-19 no país. Um vídeo do momento repercutiu na internet.
“Não podemos tolerar a invasão de uma rádio e tentativa de agressão pelo simples fato de criticarem Bolsonaro. Que a Polícia e o MP investiguem e punam os marginais! Minha solidariedade ao radialista Júnior Albuquerque e a todos da Rádio Comunidade de Santa Cruz do Capibaribe(PE)”, disse Ciro Gomes, que se candidatou à presidência em 2018.
Essas atitudes não podem ser toleradas! https://t.co/LYglk3JLVm
— Ciro Gomes (@cirogomes) April 8, 2021
O caso ocorreu no estúdio da Rádio Comunidade, em Santa Cruz do Capibaribe (PE), a cerca de 190 quilômetros de Recife. Parte da confusão foi filmada — com o locutor sentado usando máscara branca, sendo alvo de comentários de um homem em pé que coloca uma máscara preta enquanto se aproxima dele.
De acordo com o delegado Ênio Maia, responsável pela investigação, o radialista relatou que o homem que aparece no vídeo teria invadido a emissora durante o programa de rádio “para lhe agredir fisicamente”. Apesar dos relatos de que ele estaria acompanhado por outros homens, o registro de ocorrência de ameaça menciona apenas este indíviduo.
— A vítima vai ser intimada para assinar um termo de representação criminal contra o investigado para iniciar o procedimento criminal. A partir daí o investigado será intimado para assinar termo de compromisso para comparecer no juizado especial criminal para responder pelo crime de ameaça em razão da pena ser inferior a 2 anos — afirmou Maia.
Sobre o episódio, a Associação das Empresas de Rádio e Televisão de Pernambuco (Asserpe) também emitiu uma nota condenando o que classificou como “invasão de um estúdio de rádio” que pode abrir um “perigoso precedente que ameaça todos os veículos”.
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“A Rádio Comunidade tinha programa apresentado pelo radialista Júnior Albuquerque. Segundo relatos, ele cobrava maior atuação do governo federal na pandemia e foi surpreendido por simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro que invadiram os estúdios, o intimidaram e o ameaçaram”, afirma a Asserpe.
A organização explicou que decidiu se posicionar mesmo que o caso envolva uma rádio que não é uma de suas emissoras associadas “por tratar-se de ameaça à liberdade de imprensa”, que afirmou defender “de forma altiva”.
“Também porque abre um perigoso precedente que ameaça todos os veículos, inclusive comerciais”, acrescentou o comunicado, divulgado nesta quarta-feira, que coincide com o dia do jornalista. “A Asserpe espera resposta a altura em virtude da gravidade do incidente pelas autoridades que investigam o caso”.
Por fim, a organização reforçou sua defesa pela “liberdade de imprensa” e condenação a “todo ataque a esse direito fundamental”, além de ter demonstrado apoio ao radialista Júnior Albuquerque.
Procurada, a Polícia Civil de Pernambuco afirmou que foi feito um registro de ocorrência de ameaça na noite desta terça-feira.
“De acordo com informações preliminares, a vítima é radialista e, enquanto estava transmitindo o seu programa de rádio, a emissora foi invadida por dois homens que o ameaçaram. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Santa Cruz do Capibaribe”, acrescentou em nota.
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