Crescem críticas a Bolsonaro por vacinação pífia
Foto: Fabiano Rocha
Os brasileiros intensificaram as críticas em relação à gestão da crise sanitária pela falta de vacinação e atraso na aplicação dos imunizantes, de acordo com uma pesquisa inédita da MAP, agência de análise de dados e mídias, que verifica uma amostra num universo de 1,4 milhão de posts diários.
No período de 15 a 22 de abril, o tema “vacinas” foi o mais falado nas redes sociais, com 17% das menções. Dessas, apenas 34% foram positivas. O principal fator observado é a frustração com o ritmo da imunização, responsável por 80% do total dos comentários.
Em abril, o Índice de Positividade (IP) nas redes sociais do tema vacina está no nível mais baixo desde o início da pandemia. Somente 32% de menções são favoráveis.
Os comentários positivos sobre vacina sofreram uma baixa relevante em relação ao mês de março, quando foram de 73%. Desde o início da crise sanitária, a temática nunca havia ficado com aceitação inferior a 60%.
As críticas à vacinação atingem diretamente a avaliação de Jair Bolsonaro e abrem espaço para a maior participação de políticos de oposição no debate nas redes sociais. Lula, por exemplo, superou Bolsonaro em menções na temática política e em aprovação na semana de 15 a 22 de abril.
São 19% das referências a Lula nos comentários sobre política, contra 13,8% ao atual presidente. Nesse contexto, são 59% referências positivas a Lula, ante os 49% de Bolsonaro no público em geral.
A mesma pesquisa levantou a “popularidade” de dois ministros nas redes. Paulo Guedes aparece com apenas 80% de comentários negativos. Já Ricardo Salles consegue um equilíbrio, ao engajar a militância da direita. Isso o deixa com cerca de 50% de referências positivas nas redes sociais com o público geral na última semana.