Empresários querem que Bolsonaro vete projeto contra discriminação salarial
Foto: Calypso Art | iStock
Foi intenso na semana passada o lobby das grandes empresas sobre o Palácio do Planalto e sobre o Ministério da Economia para que seja vetado o projeto de lei aprovado pelo Senado em 31 de março sobre discriminação salarial. A data-limite original para Jair Bolsonaro sancionar ou vetar o projeto seria hoje.
Por ele, podem ser multadas empresas que pagarem salários diferentes para homens e mulheres que ocupem a mesma função.
Um grande banqueiro (e bota grande nisso) resume o temor dos empresários:
— Está todo mundo de cabelo em pé. O projeto é mal costurado.
Pelo texto aprovado, e que tramitou no Congresso por doze anos, a empresa que praticar a discriminação salarial terá que pagar uma indenização à trabalhadora prejudicada correspondente a até cinco vezes a diferença salarial comprovada.
Surpreendentemente, o presidente da Câmara, Arthur Lira, hoje com excelente trânsito nos meios empresariais, pediu que o projeto voltasse à Câmara, onde já havia sido aprovado. A justificativa é que o Senado fez alterações no mérito do projeto e caberia à Câmara nova análise do projeto.
Na quinta-feira passada, em sua live, Bolsonaro tocou no assunto. Chegou até a pedir uma enquete virtual a seus seguidores sobre o tema. Mas entre as frases que disse sobre o projeto, uma delas parecia antecipar sua posição:
— Se eu sancionar, como é que vai ser o mercado de trabalho para mulher no futuro? É difícil a mulher arranjar emprego? É difícil para todo mundo, para mulher um pouco mais difícil. Pode acontecer que o pessoal não contrate ou contrate menos mulheres.
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