MDB quer presidir CPI da covid

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Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

A bancada do MDB vai pressionar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a seguir o critério de proporcionalidade e, assim, eleger um membro do partido como presidente da Comisão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará possíveis omissões do governo federal na pandemia. Caso isso aconteça, os emedebistas devem indicar Renan Calheiros (MDB-AL) ou Eduardo Braga (MDB-AM). O primeiro é considerado um adversário ferrenho do Palácio do Planalto e o segundo passou a adotar uma postura mais crítica desde o recrudescimento da crise no Amazonas.

Essa disputa coloca pressão sobre Pacheco, que também deverá sofrer com a influência do governo Jair Bolsonaro. Os emedebistas justificam que é tradição da Casa que a maior bancada fique com o cargo de presidente da CPI. “E se não for do maior partido será um golpe e permitirá uma maior desmoralização do Senado, da CPI e do governo. Sempre aconteceu dessa forma”, disse uma fonte da legenda que está envolvida nas negociações.

Outra função que vai ser alvo de batalha é a relatoria da comissão. O cargo normalmente fica reservado para o autor do requerimento que deu origem à CPI. Neste caso, seria o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição na Casa. A cúpula do Senado admite nos bastidores, entretanto, que dificilmente o senador do Amapá irá assumir esse posto por ser um adversário truculento do Palácio do Planalto.

Além disso, as bancadas já estão de olho nas vagas que cada partido terá no colegiado. A formação depende de negociação entre os líderes, mas geralmente prevalece uma distribuição proporcional de cadeiras, que leva em conta o tamanho dos blocos. Quanto maior o bloco, maior o número de vagas para as legendas que o compõem. Como serão 11 titulares, o governo deve usar sua força para ter maioria no colegiado. Apesar disso, segundo fontes do MDB, Bolsonaro corre o risco de ter uma minoria de aliados no colegiado.

Valor Econômico 

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