Presidênciáveis de centro-direita têm grupo de WhatsApp

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Foto: Estadão e Divulgação

Pouco menos de um mês depois de lançarem um manifesto em defesa da democracia, os seis “presidenciáveis” signatários da carta ainda dialogam em um grupo de WhatsApp chamado “Polo Democrático”, e buscam encontrar uma pauta comum. Nos últimos dias o governador João Doria (PSDB) sugeriu a elaboração de uma nova carta à Nação para ser divulgada na quarta-feira, 21, no Dia da Inconfidência, mas a ideia não prosperou.

A proposta de novas manifestações conjuntas não é consenso. Além de Doria, fazem parte do grupo o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM), o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), o apresentador Luciano Huck (sem partido), o ex-ministro Sérgio Moro (sem partido), o ex-governador Ciro Gomes (PDT) e João Amoêdo, candidato do Novo à Presidência em 2018.

“A soma dos potenciais eleitorais de cada um não vai nos levar a muita coisa. Acho que esse grupo pode andar se ele resolver entender que deve ser um time. Um time para um programa de governo em 2023, para a seleção de uma equipe. E um time que ajudará a divulgar essas ideias, fazer campanha e ter alguém que viabilize e possa, sim, ser o candidato”, disse Amoêdo em live com o MBL e o Vem Pra Rua na noite de terça-feira, 20.

Parte do grupo se encontrou virtualmente no sábado passado em um debate da Brazil Conference at Harvard & MIT, evento promovido em parceria com o Estadão. Mandetta e Moro ficaram de fora, e o ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad foi representando o PT. Os possíveis candidatos mantiveram um clima amigável e se uniram nas críticas ao presidente Jair Bolsonaro. Aliados dos potenciais candidatos do centro viram nesse comportamento um sinal muito promissor.

Líderes do PSDB, do DEM e do PDT concordam que é remota a possibilidade de uma aliança do “Polo Democrático” no primeiro turno da eleição presidencial do ano que vem, mas avaliam que o movimento pode ajudar a quebrar uma eventual polarização entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, possivelmente o candidato do PT em 2022.

Para Amoêdo, a construção de uma agenda comum vai exigir do grupo desprendimento. “Apesar de achar muito difícil, a visão que a gente tem que ter do lado otimista é: se isso não for feito, o que vai acontecer? Vamos chegar ao segundo turno em 2022 com essas duas opções (Lula e Bolsonaro)”, afirmou. “Espero que esse quadro nos empurre para trabalhar de forma muito objetiva e deixando de lado as ambições, pelo menos por quatro anos.”

Estadão

 

 

 

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