Candidatos evangélicos ao STF se engalfinham por vaga
Foto: Editoria de Arte
Candidato a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins (STJ), vê crescer a articulação contra si conforme seu nome ganha força no mundo político. A disputa em Brasília é contra o advogado geral da União, André Mendonça, preferido da bancada evangélica, mas que encontra resistências no Senado e em ministros do STF.
Em entrevista ao GLOBO ontem, o governador de Alagoas, Renan Filho (MDB-AL), filho do senador Renan Calheiros, tornou pública a maior declaração de apoio feita até agora para Martins: disse que a escolha do ministro para a Corte une as famílias rivais de Alagoas (os Calheiros e os Lira, liderados pelo presidente da Câmara, Arthur Lira); e que ele é “maravilhosamente evangélico”, em referência ao critério colocado por Jair Bolsonaro no ano passado para o preenchimento da vaga.
É justamente o fato de o presidente ter dito desejar um ministro “terrivelmente evangélico” no STF que impõe obstáculos aos que querem emplacar Martins. No mês passado, o pastor Silas Malafaia e o deputado Marco Feliciano (Republicanos-SP) estiveram com Bolsonaro para uma espécie de palestra sobre como Martins, adepto da igreja Adventista do Sétimo Dia, não pode representar o segmento. No meio, a denominação é considerada pejorativamente como uma “seita”, explicaram ambos, por algumas doutrinas seguidas como a guarda do sábado.
Malafaia fez mais. Ontem, tinha reunião marcada com o presidente do STF, Luiz Fux e, entre vários assuntos abordados, queria descobrir os motivos da resistência ao nome de Mendonça na Corte. Enquanto Fux costuma dizer que o AGU seria aceito no Supremo, é Gilmar Mendes quem afirma a interlocutores que o ministro de Bolsonaro não é o melhor nome para substituir Marco Aurélio Mello.
Humberto Martins tem tentado parecer palatável ao segmento evangélico. Além de participar de encontros da bancada, tomou decisão monocrática há dez dias interpretado no meio como um gesto: liberou a construção do Museu da Bíblia pelo governo do Distrito Federal. A obra estava embargada por decisão da 7ª Vara da Fazenda Pública atendendo a Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos que alegava ver ferimento à laicidade do estado na questão. O ministro discordou da premissa e destacou a importância da construção para a economia local.
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