
Flávio Dino prevê mortes após “passeio de moto” de Bolsonaro
Foto: Denio Simões/Valor
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), criticou nesta segunda-feira a “motocada” de Jair Bolsonaro. Em audiência realizada pela Comissão Temporária da Covid-19 no Senado, ele disse que a aglomeração promovida pelo presidente pode passar a impressão “incorreta” de que pandemia foi embora e ter um efeito “multiplicador” e “letal”.
Dino se referiu ao fato de Bolsonaro ter deixado o Palácio da Alvorada, no domingo, para um passeio com motociclistas pelas ruas de Brasília. Durante o passeio, Bolsonaro circulou por regiões do Plano Piloto, como a área central da capital, a Esplanada dos Ministérios e a Asa Norte.
“Sabemos que há uma dissenção política no Brasil. Por exemplo, o presidente da República acha que é razoável fazer motocada, fazer desfile de moto para promover uma aglomeração, e isso tem um efeito que se multiplica na sociedade, uma vez que o presidente da República é o líder maior do país e, por isso mesmo, detentor do dever de maior responsabilidade”, explicou.
Para ele, a atitude do presidente tem um “efeito social negativo” justamente quando há uma diminuição nos indicadores relacionados à pandemia.
“No momento em que ele sinaliza no sentido da promoção de aglomerações desnecessárias, despiciendas, supérfluas, irresponsáveis, é claro que isso tem um efeito social negativo, mormente quando nós sabemos que a diminuição objetiva dos indicadores, ainda que mesmo em patamar muito alto, pode levar à impressão incorreta de que a pandemia foi embora. Isso é letal, inclusive literalmente”, complementou.
O governador também defendeu que é importante manter uma “atitude vigilante” neste momento, quando alguns Estados apontam para uma leve queda no número de infecções ou mortes. Para Dino, se houver um “liberou geral”, o Brasil pode ser condenado a ter novas variantes da doença.
“O maior desafio é nós conseguirmos manter uma atitude vigilante, para que tenhamos um meio-termo, ou seja, não um regime restritivo máximo, mas também não tenhamos um ‘liberou geral’, porque o liberou geral’ pode nos condenar eternamente a ver o desenvolvimento de variantes e a taxas de mortalidade que hoje são as maiores do mundo dia a dia”, disse Dino.
“Nós temos, como as senhoras e os senhores sabem, infelizmente, em número absolutos, dependendo do dia, o maior ou dos maiores indicadores de mortalidade em termos proporcionais à população”, completou.
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