Governo de SP insinua que China está segurando insumo de vacina

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Foto: Roberto Casimiro/Estadão Conteúdo

O Instituto Butantan entrega hoje o último lote pronto de vacinas contra covid-19 CoronaVac ao Ministério da Saúde e deve paralisar totalmente a produção do imunizante enquanto aguarda a chegada de mais insumos, que estão travados na China à espera da liberação do governo chinês.

Mais de um milhão de doses sairão dos estoques do Centro de Produção de Vacinas, na sede do laboratório paulista, para o aeroporto de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. De lá, serão enviadas para outros estados brasileiros.

Até o momento, não se sabe quando o Butantan voltará a fabricar a CoronaVac, segundo o presidente do instituto, Dimas Covas. O laboratório Sinovac Biotech aguardao aval do governo da China e ainda não deu previsão ao governo de São Paulo de quando o novo lote de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) embarcará para o Brasil

Há 10 mil litros de compostos de vacina que foram comprados pelo Butantan e estão parados nos refrigeradores chineses —é o suficiente para produzir 18 milhões de doses, de acordo com os cálculos do governo paulista.

A previsão inicial era que os insumos fossem liberados ontem da China e chegassem ao território brasileiro no próximo dia 18, conforme já anunciado pelo governo estadual. Mas Dimas Covas disse que os chineses desmarcaram essa data e não deram um novo prazo.

Até o final da semana passada, existia a perspectiva de autorização da exportação até o dia 13 e na reunião diária do dia de hoje [foi dito que] essa previsão não vai se cumprir. Portanto, nós não temos data nesse momento prevista para essa autorização. Estamos aguardando, ela pode acontecer a qualquer momento mas, neste momento, não há essa previsão.
Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan

A vacinação no Brasil, que já acontece a conta-gotas, será impactada a partir de junho. Isso porque a CoronaVac é a vacina mais utilizada atualmente no país. Além dela, o governo de Jair Bolsonaro (sem partido) só comprou outras duas vacinas, a da Astrazeneca, produzida pela Fiocruz, e da Pfizer, negociada com atraso, após três ofertas ignoradas ao longo de 2020.

Para explicar o atraso do envio dos insumos da China, os governos de São Paulo e federal dão explicações diferentes.

O governador João Doria (PSDB) acusa o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de ter causado um novo desgaste diplomático com a China após insinuar que o país faz uma “guerra química” na semana passada.

Ficamos tristes com os entraves diplomáticos por causa de declarações desastrosas do governo brasileiro ao povo chinês.
João Doria (PSDB), governador de São Paulo

Doria embasou sua versão dizendo que outros países estão recebendo insumos, menos o Brasil. “O Butantan é o segundo maior cliente da Sinovac, só perde para o próprio governo da China. Não há nenhuma razão para que a Sinovac não queira fornecer para o seu segundo maior cliente do mundo”, disse.

“No último dia 30, a Indonésia recebeu 6 milhões de doses da vacina CoronaVac. As Filipinas, 1,5 milhão de doses. A Turquia, mais 3 milhões de doses, além de 5 milhões de doses para o Chile. Não há razão que não o desconforto diplomático para que a Sinovac não encaminhe os insumos para produção das vacinas no Brasil”, disse, nesta semana.

O governo federal, por outro lado, afasta essa possibilidade e diz que a China está sobrecarregada com o envio para outros países. Em nota enviada ao UOL, o Ministério das Relações Exteriores afastou a possibilidade das ilações feitas pelo presidente contra a China estarem atrasando a liberação dos insumos.

Segundo apuração da reportagem, nas reuniões com o Butantan, tanto a embaixada da China no Brasil quanto o laboratório Sinovac teriam apenas notificado o governo paulista de que o prazo não seria cumprido, sem dar explicações.

Uol 

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